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A primeira impressão: o candidato e a postura

A primeira impressão é a que fica?

Somos seres visuais, nossa capacidade de formar uma primeira impressão baseada na imagem é indiscutível. Vemos alguém, tiramos uma fotografia mental, sentimos ou não identificação e está iniciado o processo.

A imagem irá se projetar.

Desconstruir uma primeira impressão ruim é, realmente, muito difícil. Será necessário dar uma nova chance para que a antipatia inicial se transforme em possibilidade de redenção e, talvez, apague o impacto negativo.

Para não correr o risco de ter que batalhar mais arduamente pela conquista, é fundamental cravar, já no primeiro momento, um sentimento positivo no imaginário do outro.

Se, no primeiro instante, já simpatizamos, é provável que esta tendência perdure.

Em uma corrida eleitoral, que é marcada por prazos e legislações que limitam e determinam ações, o impacto de uma primeira impressão é avassalador. Mais do que isto, é determinante; e transformá-lo em sucesso pode iniciar uma onda positiva para o candidato, em que seu nome venha a ser associado à bons comentários, ótimas indicações e mais abertura para o diálogo.

Sabendo que a primeira impressão é marcante, é hora de pensar na imagem pessoal como uma aliada por toda a jornada política, não só em época de campanha, mas ao longo da carreira.

Perceber a postura pessoal como mais um veículo de interação com seus eleitores é tornar a mensagem mais eficiente.

É fundamental que a imagem transmita credibilidade e, para isto, ela deve ser coerente com o que o comportamento indica.

Uma imagem não irá se sustentar se estiver em conflito com as atitudes.

Entender a melhor forma de comunicar, observando os traços de personalidade e os fortalecendo, é uma linha direta de conexão com o público.

E isto só é possível se feito com verdade, amparado por valores sólidos e inegociáveis. Uma vez que, quando a base é concreta, ela se sustenta. Assim, fica fácil transmitir visualmente o que se carrega como valor pessoal.

Com esta percepção bem definida, falar a mesma língua de seu eleitor torna-se natural. E, tudo que é feito com naturalidade, inspira confiança.

Um candidato, para expandir sua rede e atingir seu público, precisa tornar marcantes as impressões a seu respeito, afinal, todos os dias de uma corrida eleitoral são feitos de primeiras impressões e isto é um privilégio, mas também um desafio.


Aline Savi é advogada, consultora de imagem, especialista em etiqueta e pós graduanda em marketing político e comunicação eleitoral. Nesta coluna semanal fala sobre imagem e comunicação política.
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