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Réplica de mina de carvão é construída por alunos de escola de Criciúma

Após pesquisas sobre o tema trabalho culminou em uma exposição que segue até esta sexta-feira

Até sexta-feira, 25, pela manhã, segue aberta para visitação a exposição “As configurações apresentadas pela extração mineral na região da Amrec”. A réplica de uma mina de visitação foi montada no auditório do Colégio Estadual Sebastião Toledo dos Santos, Colegião, no bairro Comerciário. A entrada é gratuita e pode ser visitada nos períodos da manhã, tarde e noite.

O evento foi organizado por alunos do Ensino Médio Inovador, das turmas 20 e 30 e remete também a inclusão. O trabalho agregou alunos surdos e com Transtorno do déficit de atenção com hiperatividade ( TDAH) nas discussões, onde todos tiveram a oportunidade de participar das atividades estando nos locais pesquisados com o auxílio do professor intérprete e segundo professor.

A turma foi dividida em grupos para retratar o tema. O professor de artes, Rangel Goulart Cardoso, explicou que cada disciplina ficou responsável por uma atividade. “Fizemos um trabalho histórico-cultural de nossa região, sendo tudo contextualizado em sala de aula”, destacou.  Em física, por exemplo, foi criado um barco que se movimenta por meio do carvão mineral; criatividade foi usada em artes, quando os estudantes fizeram a pintura em tela com o carvão. “Entre outros trabalhos que na exposição é exploicado por eles”, destaca o professor.

A estudante Isabela Guidi, 18 anos, conta que ficou responsável em ajudar na montagem da maquete da Vila Operária. “Não conhecia a história da Vila que hoje é o bairro Santa Bárbara. Foi muito bom para nós estudantes estudar sobre isso”, disse ela. O aluno Luiz Felipe Broca, 19 anos, morador do São Simão, conta que em seu bairro há uma mina de carvão. “Está desativada e eu nem sabia”, disse ele que é filho e neto de mineiros. “Olha, foi muito interessante trabalhar sobre esse assunto em sala de aula”, comentou.

Trabalho multidisciplinar

Todo o trabalho foi idealizado pela professora Claudinéia Nazário da Silva e envolveu as disciplinas de português, geografia, matemática, química, física, biologia e artes. Docente em história, Claudinéia buscou envolver os alunos para de fato conhecerem melhor como se deu o desenvolvimento do carvão mineral na região carbonífera. “Desde quando foi descoberto em 1893, aconteceram configurações históricas, econômicas, sociais e políticas, além disso o carvão foi ápice para o crescimento de Criciúma e cidades da região. Destaque não somente na economia, como também no âmbito social com os problemas trazidos na época, como a questão ambiental, leis trabalhistas, como também benefícios econômicos”, explicou a professora.

Durante quatro meses os estudantes pesquisaram sobre o assunto, onde foi definido um itinerário com saídas a campo. Foi visitada a Fundação Cultural de Criciúma, onde funcionou o Departamento Nacional de Produção Mineral (DNPM), Mina de Visitação, Casa do Agente Ferroviário, na Carbonífera Metropolitana e o Centro de Tecnologia da Satc. “Fizemos uma comparação do espaço tempo, como era antes e como está atualmente”, conta Claudinéia que diz se surpreender com o resultado da iniciativa e a disposição dos alunos. “Eles foram nossos protagonistas, se superaram. Houve muita autonomia e o mais importante, todos tiveram a noção de quão importante foi o carvão em nossa região e fora dela. O trabalho foi além das expectativas e resolvemos culminar com essa exposição”, destacaram os professores.

Para o diretor, Aloncio Almes Cechinel, o resultado foi  positivo. “Principalmente por envolver os alunos da inclusão e ressaltar a economia de nossa cidade com o resgate histórico de toda migração, formação da sociedade criciumense e destacar a importância que a escola tem dentro do município”, finaliza.

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