Greve dos professores: manifestantes realizam ato durante visita do governador em Criciúma
Movimento iniciou na terça-feira, dia 23, e segue sem previsão de término
Foto: Divulgação
Nesta sexta-feira, dia 26, os professores que aderiram ao movimento de greve em Criciúma realizaram um ato durante a inauguração do Centro de Inovação Criciúma (Crio).
Conforme o coordenador regional do Sindicato dos Trabalhadores em Educação de Santa Catarina (Sinte/SC), João Pessoa, aproximadamente 150 manifestantes estiveram no local com faixas, cartazes e palavras de ordem. “Conseguimos conversar com o governador, ele disse que irão negociar quando voltarmos à sala de aulas, mas estávamos lá até agora e nada foi feito. Vamos seguir com o movimento”, afirma o coordenador.
Conforme ele, a adesão aumenta a cada dia. Agora, entre 35% a 40% dos professores estão paralisados. “A partir de segunda, vamos visitar todas as 51 escolas estaduais da região para falar com os professores”, ressalta Pessoa. “Teremos um grande movimento em Florianópolis, dia 30, e esperamos mais de 10 mil pessoas”, destaca.
Reivindicações
O movimento iniciou na terça-feira, dia 23, com dois atos em Criciúma. Em todo o estado, os professores se mobilizam com reivindicações.
Os grevistas pedem o reajuste do Piso Nacional na tabela salarial, com descompactação da tabela; anúncio e efetivação do concurso público para o magistério; aplicação da hora atividade para todos os trabalhadores da educação e revogação total do desconto de 14% aplicado contra os aposentados.
O que diz o Governo do Estado
O Governo do Estado afirma que está disposto a retomar as negociações com os profissionais da Educação que declararam greve assim que as atividades forem retomadas normalmente nas escolas estaduais. Conforme o secretário de Estado da Administração, Vânio Boing, três das quatro reivindicações feitas pelos servidores já foram atendidas final de 2023, quando o Governo do Estado anunciou o maior concurso da história da Educação de Santa Catarina, aumentou o valor do vale-alimentação e iniciou a redução progressiva para encerrar a cobrança de 14% na previdência dos aposentados.
A principal reivindicação, contudo, seria a descompactação do plano de cargos e salários. “A proposta feita pelo sindicato faria com que o Estado ultrapassasse em muito o limite permitido pela Lei de Responsabilidade Fiscal”, destaca o secretário. Conforme ele, isso representaria um acréscimo na folha de R$ 4,6 milhões.