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Letícia Zanini – O que te move?

O automatismo nos impede de pensar em aspectos da nossa vida que são extremamente importantes, porém, tornam-se imperceptíveis diante da repetição de padrão de comportamento diário. A ênfase com relação à importância do tema é porque essa consciência pode explicar parte de seus resultados atuais e isso tem a ver com satisfação ou frustração.

Pensar sobre o que te move é se conscientizar se o que você faz todos os dias está vinculado ao seu propósito ou às suas necessidades. Parecem as mesmas coisas, mas não são. Se ambos convergirem e alimentarem seus valores, podemos dizer que este é o mundo ideal contudo, para muitos essa não é uma realidade.

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Quando me refiro a propósito, não é caça ao tesouro, do tipo, descobri meu propósito e minha vida mudou. É um caminho, às vezes longo, e que passa por essa descoberta. Mas é preciso recurso para patrocinar o propósito, recursos financeiros, internos e humanos. Resultado, performance e desempenho passam pela descoberta do propósito, após isso, existe uma longa estrada de investimento em seu projeto. E é exatamente aqui que a frustração acontece! Descobri meu propósito, tipo “Eureka” e agora, faço o que com isso? Quando eu trabalho propósito, eu começo utilizando um caminho que passa pela descoberta de talentos, valorização dos mesmos e direcionamento para resultados (lembra que é preciso recurso para viver o sonho).

Já as necessidades podem ser fisiológicas, tipo matar a fome, ter um lugar para dormir, ou sociais, vinculadas às nossas relações, de segurança, atendida pelos empregos que possuímos, ou de afirmação e autorrealização, conforme a teoria das necessidades do Psicólogo Americano Abraham H. Maslow, que apresenta a ideia de que cada ser humano esforça-se muito para satisfazer suas necessidades pessoais e profissionais. Muitos ainda estão suprindo as necessidades fisiológicas, difícil pensar em propósito quando aspectos básicos da vida de todo ser humano não são atendidos. Mas pensar apenas desta forma pode parecer uma visão míope. Podemos considerar que, para muitos, que já tem inúmeras necessidades atendidas  também são movidos por alguns aspectos que estão vinculados mais ao ego do que ao propósito. Conheço vários profissionais de “sucesso” e que tem carreiras incríveis aos olhos do mercado, mas são frustrados porque escolheram suprir necessidades que não necessariamente alimentavam seu propósito, conhece alguém assim?

Refletir sobre o que te move, seja necessidade ou propósito, é fundamental para que seu nível de clareza sobre seus comportamentos diários façam mais sentido para você. E não, não existe resposta certa, existe resposta com sentido para cada um de nós. Às vezes propósito, às vezes necessidade (grana talvez), às vezes os dois, em todos os cenários a consciência de que não são eternos e inflexíveis e que cabe a cada um de nós gerar as mudanças que queremos ver no nosso mundo. Pense nisso!