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Produza sem adoecer: redefinindo a produtividade

No mundo frenético dos negócios e da liderança, onde a multitarefa é valorizada como uma habilidade essencial, é hora de desafiar o status quo. Em meio à corrida pela produtividade e eficiência, muitos líderes e profissionais acreditam que fazer várias coisas ao mesmo tempo é a chave para o sucesso. No entanto, há uma prática negligenciada que pode revolucionar a maneira como encaramos o trabalho: pausas e foco singular.

Em nossa realidade de mundo e das organizações vivemos o mito da multitarefa e ela tem sido considerada como um sinal de eficiência, no entanto, pesquisas mostram que ela está longe de ser eficaz. De acordo com um estudo realizado pela Universidade de Stanford, os multitarefas são menos produtivos e têm mais dificuldade em filtrar informações irrelevantes do que aqueles que se concentram em uma única tarefa de cada vez. Isso resulta em um aumento do estresse e da fadiga mental, afetando negativamente a qualidade do trabalho. Se olharmos para nosso cotidiano, almoçamos enquanto ouvimos mensagens no celular, conversamos com pessoas e respondemos e-mails, realizamos tarefas domésticas simultâneas, a pergunta que fica é: em qual delas você não estava inteiro(a)? É fato que não somos tão eficazes para lidar com múltiplas tarefas.

O poder das pausas nunca fez tanto sentido já que a sociedade apresenta sintomas de exaustão, o número de doenças vinculadas ao trabalho crescem exponencialmente, por isso são essenciais para recarregar a energia mental e promover a criatividade. Uma pesquisa da Universidade de Illinois descobriu que breves pausas ao longo do dia melhoram significativamente o foco e a capacidade de concentração. Além disso, empresas conscientes sobre o tema, reconhecem a importância das pausas e oferecem espaços de descanso e relaxamento em seus escritórios. Essas empresas entendem que permitir que os funcionários se afastem do trabalho por alguns minutos não apenas aumenta a produtividade a curto prazo, mas também promove a saúde mental e o bem-estar a longo prazo.

Portanto, é fundamental que as organizações adotem uma abordagem proativa em relação às pausas, integrando-as de forma consciente à cultura corporativa.

Enquanto a multitarefa se tornou uma norma em muitos ambientes de trabalho, o foco singular está emergindo como uma habilidade valiosa. Concentrar-se em uma tarefa de cada vez não só melhora a qualidade do trabalho, mas também reduz o tempo necessário para concluí-la. Em minha humilde visão ser multitarefa é um retrato da atualidade, muito se sabe e pouco se aprofunda, abraçam muito e apertam pouco. Enquanto você coloca sua saúde em risco e perde tempos incríveis com os que amam, o recado que você dá para a empresa é de que você dá conta, a pergunta é: qual o preço que você está pagando? Certa vez ouvi de uma cliente de Mentoria uma seguinte frase que foi marcante, dolorida porém, certeira: “Se você morrer hoje, acho outra mentora, seus filhos não terão outra mãe”, após esse soco no estômago decidi fazer alguns ajustes necessários, espero que você o faça também.

Em um mundo que glorifica a multitarefa e a constante atividade, e que adoece seus melhores talentos, é hora de desafiar essa mentalidade. As pausas e o foco específico não são sinais de preguiça, mas sim de inteligência e eficácia. Ao priorizar momentos de descanso e concentração, os líderes podem conduzir suas equipes a novos patamares de produtividade e bem-estar. É hora de redefinir o conceito de produtividade e modelos prontos no mundo dos negócios, colocando a qualidade acima da quantidade e reconhecendo a importância vital das pausas, afinal, você pode produzir sem adoecer!

Pense nisso!

 

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