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(In)tolerância, qual o limite?

Em nosso cotidiano experimentamos inúmeras situações, seja no trabalho ou na vida pessoal. Em muitas delas não ficamos satisfeitos não apenas com os resultados, mas com as relações, com a forma como somos tratados ou a resposta que apresentamos em diversos cenários. Imagino que isso seja comum à condição humana, porém, quero chamar sua atenção para um ponto: a frequência com que situações que lhe desagradam acontece, eis um termômetro para avaliar seu nível de tolerância. Talvez aqui esteja não a resposta, mas a pergunta que pode contribuir para um processo de mudança.

É natural desagradarmos e sermos desagradados, na posição de Mentora e Empresária – confesso que também me queixo em determinados momentos. Também escuto muito estas queixas e até mesmo reclamações a respeito da cultura da empresa, do diretor, do mercado, do colega, do cenário econômico e político, e fora do ambiente corporativo, as queixas são sobre casamento, famílias, sogro, periquito e papagaio. O meu convite não é para que paremos de nos desagradar, mas sim, que a gente reflita o porquê de tolerarmos algumas situações e relações? Qual a razão de manter algo que, às vezes, lhe agride internamente, incomoda, desconforta? Será falta de consciência sobre a situação?

Parafraseando Freud, pai da Psicanálise, “qual sua responsabilidade na desordem da qual você se queixa?”. Em que momento você protagoniza o seu próprio desconforto? Por exemplo, se na sua carreira você reclama de demissões ou falta de reconhecimento, ao invés de reclamar, por que não escolhe sair do papel de expectador e reeditar algumas cenas da sua carreira? É fato que tudo o que toleramos cresce, seja na relação com os outros, seja na auto relação. Neste caso, praticar a intolerância talvez faça muito sentido, afinal, tudo o que você chancela, aumenta. Que sejamos intolerantes com nossa tendência a culpabilizar o externo e tolerantes com as mudanças necessárias, mesmo que difíceis. Pense nisso!

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