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Cobra píton é confundida com jiboia e solta por engano

Por vídeo, admiradores de cobras perceberam o erro e agora teve início a busca pelo réptil

Uma cobra píton, espécie exótica original da Ásia, com mais de dois metros de comprimento foi solta em uma área de mata no Distrito Federal. Normal, caso o réptil não tivesse sido confundido com uma jiboia. A soltura foi realizada por uma equipe do Batalhão de Polícia Militar Ambiental (BPMA), na última quarta-feira, 6.

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O réptil foi encontrado pela equipe e, como aparentava estar bem, foi solto. O momento foi gravado pela própria PM e o vídeo foi divulgado pela imprensa e circulou pela internet em perfis de admiradores de cobras que perceberam o erro cometido pela PM, nesta sexta-feira, 8.

A corporação soltou uma nota afirmando que agora busca o animal.

“A Polícia Militar do Distrito Federal, por meio do Batalhão de Policiamento Ambiental, realiza um trabalho de excelência o qual tem resultado em altos índices de produtividade. Apenas nesses três primeiros meses de 2022, 126 cobras foram resgatadas. Em 2021 foram 512 cobras.

Com o apoio do Centro de Triagem e Reabilitação de Animais Silvestres (Cetas) e contando, muitas vezes, com a boa vontade de clínicas privadas, o batalhão realiza o manejo desses animais na tentativa de salvar a todos de forma que voltem saudáveis ao seu habitat natural.

O Batalhão, juntamente com o Zoológico e demais órgãos ambientais, já está à procura da Píton. Informamos que a referida cobra era extremamente calma, sendo indício de que era criada em cativeiro. Ressaltamos que alguns estados já estão autorizando o comércio desse animal.”

A píton não é uma cobra venenosa, mas pode matar outros animais por asfixia e causar um desequilíbrio ambiental na região, segundo especialista ouvido pelo portal G1.

“Nos Estados Unidos, é um dos maiores problemas de introduções de espécie exótica àquele país, causando diversas mortes de cães e inclusive acidentes com crianças. Isso acarreta um grande risco da espécie se adaptar e se tornar mais uma praga invasora no Brasil”, disse o biólogo Marco Freitas

Um dos que notou o erro dos policiais foi o estudante de ciências biológicas na Universidade Federal de Goiás (UFG) Matheus Reis, que administra o perfil “Legião Escamada”. “A serpente em questão se trata de uma píton (Python bivittatus) serpente asiática com um potencial invasor enorme, totalmente prejudicial a nossa fauna”, escreveu.

Segundo Matheus, a situação seria evitada caso “um biólogo preparado fosse responsável por esse tipo de ação”. Para ele, a cobra tinha que ter sido levada a um zoológico ou instituto de conservação.

O perfil “A vida no Cerrado”, movimento da sociedade civil de defesa à preservação ambiental, também criticou a decisão da equipe. Em postagem, lembram que a espécie se tornou um problema nos EUA.

De acordo com a imprensa internacional, no Parque Nacional de Everglades, na Flórida, a espécie desequilibrou o ecossistema. Populações de coelhos, lobos e gambás foram drasticamente reduzidas ou quase desapareceram, pois se tornaram alimento para as píton.

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