Um mês depois, saiba como estão os atingidos pela enchente em Tubarão

Após um mês da enchente que causou grandes prejuízos para diversas famílias e comerciantes de Tubarão, aos poucos o município vai voltando à normalidade. Ainda é visível a marca da água das chuvas no muro de algumas casas e comerciantes se reorganizando para manterem suas atividades.

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Débora Fabiana Araújo Nascimento, proprietária de uma loja de aviamentos no bairro Humaitá um dos mais afetados pelas chuvas, conta que conseguiu abrir a loja na mesma semana em que tudo alagou. “Era limpando e vendendo”, fala entre sorrisos. A comerciante conta que o movimento inicialmente caiu e aos poucos está sendo retomado. “Minha ficha ainda não caiu diante de tudo o que aconteceu. Ainda estamos na batalha resolvendo as pendências com os fornecedores que foram muito compreensivos. Agora é trabalhar ainda mais”, diz ela.

Proprietária de um ateliê de costura localizado no mesmo bairro, Solange Pinheiro, diz que maio foi um mês complicado, mas garante que agora, depois do susto está se reorganizando. “O prejuízo maior foi por ter ficado parada sem trabalhar e com as peças de clientes atrasadas. Agora é seguir em frente e tocar a vida”, analisa.

Mais de 900 pessoas atingidas pela enchente foram cadastradas

Dados repassados pela assessoria de imprensa da Prefeitura de Tubarão, dão conta que foram realizados 950 cadastros pela Fundação Municipal de Desenvolvimento Social do município, por conta da enchente. “Nesses números estão incluídos desde pessoas que perderam móveis, roupas e até as 35 famílias que as casas foram completamente destruídas ou condenadas pela Defesa Civil”, explica a assessoria.

Nesta sexta-feira, 3, foi realizada a segunda etapa da Operação Cidade Limpa, na região do bairro Fábio Silva, com a remoção de lixo e entulho. “Para a iniciativa, o município contou com a chegada de novas máquinas, equipamentos e funcionários destinados pela empresa terceirizada dos serviços de limpeza pública”, informa o secretário de Serviços Públicos Douglas Antunes.

Amurel discute prevenção a enchentes na bacia do Rio Tubarão

O prefeito de Tubarão, Joares Ponticelli e o diretor-presidente da Fundação Municipal de Educação Maurício da Silva, que há anos está à frente do seminário anual da enchente de 1974, participaram do encontro promovido pela Associação dos Municípios da Região de Laguna (Amurel), que discutiu sobre como evitar os alagamentos que atingiram a região no início deste mês. Também estiveram presentes a vice-prefeita de Capivari de Baixo, Márcia Roberg Cargnin, representantes de entidades como a Agência Reguladora de Saneamento de Tubarão (AGR) e do Grupo de Acompanhamento do Projeto de Desassoreamento do Rio Tubarão.

A recuperação e disponibilização dos memoriais e desenhos das três barragens projetadas em 1981 pelo antigo Departamento Nacional de Obras de Saneamento (DNOS) foi uma das sugestões discutidas no encontro promovido pela Associação dos Municípios da Região de Laguna (Amurel). O material se encontra no arquivo morto da secretaria de Estado de Infraestrutura. “Mas como se trata de um projeto de 40 anos a execução seria financeiramente e ambientalmente inviável”, disseram os presentes.

“O Governo do Estado está agilizando o processo para lançar um dos trechos da redragagem do rio Tubarão e essa questão das barragens nós decidimos que queremos retomar efetivamente. Queremos a presença de representantes do Estado com voz ativa para saber quem vai tocar esses projetos de 1981 que, naturalmente, precisam ser atualizados e revisados nesse conjunto de ações que precisamos implementar. Esses fenômenos são cíclicos, vamos criar condições de controle para minimizar os impactos em Tubarão e região”, finaliza Ponticelli.

 

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