X-salada pode se tornar patrimônio imaterial de Criciúma
Projeto de Lei foi aprovado na Câmara de Vereadores e aguarda sansão do Executivo
Foto: Ilustração/Tô Pedindo
O Projeto de Lei que pode tornar o “X-salada Criciumense” como patrimônio cultural imaterial do município foi aprovado por unanimidade na Câmara de Vereadores de Criciúma na noite dessa terça-feira, dia 5. Agora, o PL 102/2023 foi enviado para o Executivo e aguarda a sansão do prefeito, Clésio Salvaro.
De autoria do vereador Zairo Casagrande (PDT), o projeto tem como objetivo fortalecer, promover e incentivar o comércio local, que atua no ramo com sua receita original desde o século passado, e perdura no município gerando empregos e alimentando grande parte da população.
“Nós estamos, então, aprovando um projeto que fortalece, que incentiva um setor econômico de Criciúma, um setor gastronômico e um setor cultural. Sonhamos que Criciúma tenha uma rota do X-salada, sonhamos que Criciúma tenha um festival do X-salada. Enfim, que esse nosso empreendedor raiz seja visto, seja olhado com os olhos do futuro. A nossa contribuição é o PL 102, que transforma o X-salada cricúmense em patrimônio cultural e material. Ou seja, a receita, o modo de fazer, o saber dos nossos empreendedores é que se torne imaterial, aquilo que é intangível”, ressalta o vereador.
Segundo Casagrande, as lanchonetes de Criciúma que vendem o lanche têm um papel fundamental na economia da cidade, pois empregam dezenas de colaboradores. Atualmente, Criciúma conta com mais de 60 empreendimentos no ramo.
“Definitivamente, o típico X-salada Criciumense é montado e oferecido ao consumo dos cidadãos e turistas de Criciúma por meio de uma receita e um modo de fazer especial. É uma forma única de se fazer. É uma técnica artesanal, tradicional, que atravessou o século. Criciúma permanece viva, com o número de restaurantes adeptos da tradição aumentando exponencialmente na cidade, passando já de 60 lanchonetes. Apenas uma delas emprega 25 funcionários e vendeu em um final de semana dois mil x-saladas. Apenas um dos fornecedores de pão, fabrica 12 mil pães ao dia e tem mais de 30 funcionários. Isso tem uma importância econômica brutal para Criciúma”, afirma o vereador.