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Plano 1000 quer resgatar o municipalismo

Não foi só a festa, no Teatro do CIC, em Florianópolis, onde foram anunciados R$ 7,3 bilhões para os municípios catarinenses, que terão que apresentar projetos estruturantes para ter acesso aos recursos, a fundo perdido, mas a grande perspectiva de que obras importantes e de caráter regional saiam do papel que deve estar no radar da sociedade.

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O Sul catarinense estava representado por 12 prefeituras (Criciúma, Tubarão, Araranguá, Içara, Laguna, Imbituba, Braço do Norte, Sombrio, Forquilhinha, Capivari de Baixo, Garopaba e Orleans) e coube ao prefeito Clésio Salvaro (PSDB), elogiar a medida apresentada por Moisés, uma recuperação do necessário espírito municipalista, onde as coisas ocorrem, frase mais do que repetida por mandatários e assessores do governador.

O choque que esta ação deve trazer é evidente, tanto que Itajaí, a primeira a oficializar, representada pelo prefeito Volnei Morastoni (MDB) já assinou o convênio para receber R$ 226 milhões, de acordo com o último censo exatos  R$ 1 mil por habitante, justificativa que dá a nomenclatura ao plano que começa a vigorar.

Para os críticos, a origem do recurso parece ser mais importante do que o fato dos valores estarem disponíveis nos próximos sete anos, uma discussão que para os prefeitos e moradores não importa quando a ponte estiver em utilização, a avenida ou o eixo viário possibilitarem melhorias no trânsito. 

Enquanto o secretário Paulo Eli (Fazenda) reforça que a gestão de recursos, a mudança de contratos com terceirizados e prestadores de serviços da iniciativa privada, além do aumento da arrecadação, asseguram a capacidade de investimento, os adversários do governador escorregam nas justificativas já desmentidas de que o Estado não paga a dívida com a União, o que foi retomado há um ano, e que não concede reajuste aos servidores, outra falácia. 

Acontecimento plural

Como poucas vezes se observou na política catarinense, não havia barreiras partidárias ou ideológicas no anúncio do Plano 1000. Tanto que dois dos já pré-candidatos ao governo do Estado, o prefeito Antídio Lunelli (MDB), de Jaraguá do Sul, e o prefeito Gean Loureiro (União Brasil), de Florianópolis, foram ao evento, sem qualquer temor de que fossem cobrados por um apoio à iniciativa.

Valia mais o resultado que se espera no futuro do que picuinhas politiqueiras, tanto que o prefeito Joares Ponticelli (PP), de Tubarão, que tem questões paroquiais com Moisés, circulou tranquilamente pelo evento.

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