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OMS diz que Ômicron se propaga em um ritmo sem precedentes

Vários países retomaram medidas restritivas

Dados da Organização Mundial da Saúde (OMS), dão conta que a nova variante do coronavírus, a Ômicron, já está presente em 77 países e está a alastrar-se a um ritmo sem precedentes. Vários países começam a adotar medidas mais restritivas para conter o aumento de infecções.

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O Centro Europeu de Prevenção e Controle de Doenças (ECDC) considerou hoje que a Ômicron, nova variante do vírus SARS-CoV-2, representa risco “muito elevado” e exige medidas “urgentes e fortes”, de modo a proteger os sistemas de saúde. Numa avaliação de risco atualizada e divulgada nesta quarta-feira, 15, o ECDC diz que a Ômicron deverá suceder a Delta como a variante dominante na União Europeia (UE) no início de 2022. Já se assiste à transmissão comunitária dentro da Europa, e os dados preliminares disponíveis não descartam “uma redução significativa da eficácia das vacinas” contra essa estirpe. Desse modo, e porque os países da UE ainda enfrentam o impacto severo da variante Delta, “um novo aumento das hospitalizações poderá rapidamente sobrecarregar os sistemas de saúde”. 

“Com base nas provas limitadas atualmente disponíveis, e dado o elevado nível de incerteza, o nível global de risco para a saúde pública, associado à emergência e propagação da Ômicron, é avaliado como muito elevado”, diz o centro europeu, que recomenda uma “ação urgente e forte” para reduzir a transmissão do vírus, “a fim de aliviar a já pesada carga sobre os sistemas de saúde e proteger os mais vulneráveis nos próximos meses”.

Segundo o ECDC, é necessária “a rápida reintrodução e o reforço das intervenções não farmacêuticas” para reduzir a transmissão da Delta e retardar a propagação da Ômicron, mantendo sob controle a carga sobre os cuidados de saúde.

Fechamento de escolas

A Holanda anunciou o fechamento das escolas de ensino fundamental a partir de 20 de dezembro, uma semana antes das festas de Natal, e a prorrogação das restrições atuais até 14 de janeiro, inclusive o fechamento de lojas não essenciais, bares e restaurantes todos os dias entre as 17h e as 05h. O Reino Unido, em pleno pico de contágios e com uma primeira vítima fatal da ômicron, também decidiu adotar novas medidas.

Em alguns países ocidentais, as novas restrições não são bem recebidas.

O primeiro-ministro britânico, Boris Johnson, enfrentou uma enorme rebelião de seus próprios deputados conservadores contra as medidas anticovid que quer implantar para frear o avanço da ômicron: uso de máscaras em ambientes fechados, testes diários para os casos de contato, vacinação obrigatória para o pessoal hospitalar e passaportes sanitários em eventos multitudinários.

No Reino Unido, um dos países mais afetados pela pandemia, com mais de 146.500 mortos, a variante ômicron contagiaria 200.000 pessoas por dia, segundo cifras oficiais.

No campo médico, a farmacêutica americana Pfizer confirmou que sua pílula contra a covid-19 reduziu em quase 90% as hospitalizações e mortes entre as pessoas em risco, quando tomada nos primeiros dias do aparecimento dos sintomas.

E um estudo realizado na África do Sul considerou a vacina da Pfizer globalmente menos eficaz contra a variante ômicron, mas continua protegendo em 70% contra as formas graves da doença.

A pandemia causou mais de 5,3 milhões de mortes no mundo desde o fim de 2019, segundo um balanço da AFP nesta terça-feira, feito com base em fontes oficiais.

 

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