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Primeiro debate, mostrou as estratégias e ataques

Ainda sem apresentar todo o arsenal, o primeiro debate com os candidatos ao governo, transmitido pelo grupo SCC SBT, foi o palco de uma ação conjunta, aparentemente não combinada, de Esperidião Amin (PP), Jorginho Mello (PL) e Décio Lima (PT) contra Gean Loureiro (União Brasil).

Tão evidente manobra não evitou que o governador Carlos Moisés (Republicanos) também fosse o alvo preferencial, estratégia que incluiu o Odair Tramontin (Novo), onde os postulantes focaram no tema saúde e na situação de vulnerabilidade de famílias catarinenses, um dos estados mais prósperos da federação.

Moisés respondeu com ações e números, mas também subiu o tom quando disse que Jorginho, que havia lhe chamado antes de traidor de Jair Bolsonaro, não entende nada da função de governador e escapou da provocação sobre quem apoiará à Presidência.

Enquanto Jorge Boeira (PDT) insistiu na tese da educação e na necessidade da formação para o emprego, Tramontin cobrou dos demais a utilização do Fundo Eleitoral, relegado pela sua legenda.

O que fica claro é que, neste primeiro e importante embate, temas mais espinhosos, que têm fatos novos com vitórias do atual governo, como a questão a compra de 200 respiradores com pagamento antecipado em plena pandemia, ficarão mesmo para o trabalho dos marqueteiros a partir do dia 26 de agosto, quando inicia a campanha eleitoral.

Pérolas que marcaram o primeiro encontro

Jorginho retrucou Gean ao criticar uma viagem do ex-prefeito da Capital em férias a Cancún, em plena pandemia, reclamou do lockdown, que gerou uma infindável série de perda de empregos, pois, para o candidato do PL, a comparação tem que ser feita com a criação do Pronampe, que salvou milhares de pequenas e médias empresas.

Amin não poupou e usou outro comparativo contra Gean, que relatou várias vezes as milhares de obras que fez, mas não mais do que uma casa construída enquanto derruba muitas outras por falta de um trabalho de fiscalização mais efetivo, enquanto o candidato do PP garante ter feito várias unidades habitacionais nas duas vezes que comandou Florianópolis.

Bastidores estiveram movimentados

Sem poder participar, o defensor público Ralf Zimmer, do PROS, que não conseguiu provar que a convenção paralela que fez, em Campos Novos, lhe garantiria a condição de candidato, pois há outra ata registrada no TRE, permaneceu na emissora e não atrapalhou o clima que era de extrema tranquilidade.

Ainda sem vice definido, Décio veio acompanhado da mulher, a ex-deputada Ana Paula Lima e do senador Dário Berger (PSB); Amin chegou com assessores e o vice Dalírio Beber (PSDB); Gean estava com o vice Eron Giordani (PSD) e o prefeito de Florianópolis Topázio Silveira Neto (PSD); Moisés trouxe assessores; o mesmo que Jorginho, Tramontin e Boeira.

O deputado Kennedy Nunes, candidato ao Senado pelo PTB, que é jornalista por formação, visitou a redação da emissora e do portal para dar um cumprimento aos colegas.

Sem falar o nome do presidenciável

Nem Jorge Boeira citou mais de uma vez Ciro Gomes, candidato à Presidência pelo PDT, nem Tramontin referiu-se ao postulante ao Planalto, Luiz Felipe d’Avila (Novo).

O que ele esqueceram ou omitiram, Jorginho e Amin frisaram várias vezes, estão com Jair Bolsonaro (PL), e Décio repetiu sua condição de candidato de Lula (PT).

Quem se declarou buscou enquadrar Moisés e Gean como candidatos de Bolsonaro, tanto que surgiu, durante o encontro, a frase: “Esta é uma campanha para governador, tenho que me dar bem com quem quer que seja o presidente da República!”


Um até breve

O momento é de agradecimento pelo espaço que me foi dado pelas empresárias Karina Canto e Jéssika Milena, sempre bastante prestigiado pelos colegas Janine Limas e Heitor Carvalho, que comandam a valorosa equipe do Portal Litoral Sul, desde quando comecei a participar com postagens e de coberturas especiais desde as edições de dezembro de 2021.

Foi uma honra participar deste time vitorioso.

A brevidade da vida nos faz imaginar que nada é tão definitivo, tudo é um até logo!

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