Notícias de Criciúma e Região

Medo e insegurança em praça de Criciúma faz Assistência Social e PM intensificarem ações

Praça Maria da Silva Rodrigues próximo ao Terminal Central tem sido ponto de encontro de usuários de drogas em Criciúma

O medo ao sair do trabalho tem sido rotina para *Isabel. Ela atua em uma estabelecimento ao lado da Praça Maria da Silva Rodrigues, ao lado do Terminal Central de Criciúma. O local tem sido ponto de encontro de usuários de droga. Bem como de moradores em situação de rua.

📲 Entre em nosso grupo e receba as notícias no seu celular. Clique aqui.

“Quando chove eles ficam na entrada do túnel do terminal. Aí as pessoas tem medo de entrar. O pessoal do comércio ali chama a polícia direto. Na saída da escola ali eles ficam ali fumando, usando drogas e até traficando. É ao meio dia, a noite. Quando não chove ficam pela praça toda. Ontem passei ali uma meninada fumando, não estão mais nem aí. Não respeitam mais. Antes era mais escondido. Está bem complicado, cada vez pior. Envolvendo adolescente, criança”, desabafa Isabel.

As denúncias da falta de segurança no local foram retradas pela colunista do Portal Litoral Sul, Dani Niero. Moradores da região tem reclamado da situação do local. Por isso a Secretaria de Assistência Social de Criciúma irá realizar ações para tentar resolver ou mitigar o problema. A principal delas é o aumento no número de abordagens dos educadores e assistentes sociais na praça.

“Vamos intensificar a presença dos nossos educadores sociais. Ações que já fazemos durante o dia em toda a cidade. Agora com essa reclamação por parte da população que está frequentando a pracinha, nossos educadores vão estar mais presentes com o veículo e fazendo abordagens”, comenta o secretário de Assistência Social, Bruno Ferreira. 

Praça Maria da Silva Rodrigues tem sido pronto de encontro de usuários de droga na área central de Criciúma – Foto: Lucas Colombo/Portal Litoral Sul

Segundo ele, será identificado a situação de cada pessoa abordada para dar um encaminhamento que é facultativo, ou seja, a pessoa pode negar o atendimento. Além disso, a Secretaria pediu para que a Polícia Militar (PM) intensifique a presença na praça.

“Fazendo a abordagem e dando encaminhamentos necessários para aquelas pessoas que estão ali. Muitos deles são moradores em situação de rua, encaminhamento para comunidade terapêutica se tiver problemas com vício de drogas, mercado de trabalho se tiverem a pouco tempo na cidade, a casa de passagem, encaminhamento para o Centro Pop, que lá temos o atendimento psicosocial com as psicólogas e assistentes sociais. Vamos estar mais presentes na praça. Conversamos com a PM, também, para passar mais ali e ver se tem alguém com problema na justiça”, explica Ferreira.

O problema no local não é de hoje. Já vem de muitos anos. Por isso, essa não é a primeira vez que a ação é realizada. “Isso é para tentar resolver ou mitigar essa preocupação da população com as pessoas que estão se instalando na praça durante o dia e a noite”, afirma. “Já fizemos em outras oportunidades e funcionou. Mas a situação de moradores em situação de rua e pedintes oscila muito”, completa.


Abordagem e internações compulsórias são realizadas 

Paralelo a essa trabalho, a Secretaria de Assitência Social e a Polícia Militar (PM) estão realizando um trabalho de abordagem em usuários de drogas que já foram mapeados e possuem um mandado judicial de internação compulsória. Ou seja, devem ser encaminhados a centros de recuperação para o vício das drogas obrigatoriamente.

Secretaria de Assistência Social e Polícia Militar (PM) estão atuando em conjunto nas abordagens de usuários com mandado judicial de internação compulsória – Foto: Lucas Colombo/Portal Litoral Sul

Através de um mapeamento realizado por meses na Assistência Social, chegou-se a uma lista de nomes que estão sendo encaminhados. Na manhã desta terça-feira, dia 5, um dos homens nessa lista foi abordado ao lado da Praça Maria da Silva Rodrigues, mas no outro lado da Avenida Centenário.

De acordo com a PM, já foram encaminhados, até o momento, a centros de recuperação do vício das drogas sete pessoas, sendo seis homens e uma mulher. Ainda faltam localizar cinco pessoas. A internação é uma forma de tentar auxiliar o usuário de drogas e o tirar da situação de rua.

*Isabel é um nome fictício, já que a entrevistada preferiu não se identificar. 

Você também pode gostar