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Grávida, viúva de motorista de app espera saber o motivo do assassinato do marido em Içara

Mais de dois meses de espera e sem saber o motivo que tirou a vida do amigo, pai e marido. A missão agora para a dona de casa Aline Dalponte, 27 anos, é sobreviver pelos três filhos que Vagner Francisco, 28 anos, deixou. O chefe da família foi morto no último dia 02 de junho.

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Seu corpo foi encontrado dentro de um Prisma próximo a uma casa noturna, na comunidade de Boa Vista, em Içara. Ele foi morto com dois tiros no rosto. Vagner trabalhava como Uber desde setembro do ano passado, quando ficou desempregado. Aline conta que grávida do terceiro filho, o marido precisou procurar alternativa para o sustento da família. Eles estavam casados desde 2013 e moravam no bairro Santa Luzia, em Criciúma.

De outros relacionamentos, Vagner tinha dois filhos, um menino de nove anos e uma menina de pouco mais de um ano. Com Aline, além de uma menina de cinco anos e um garoto de dois, Vagner aguardava a chegada de Vivian Helena para novembro. Atualmente a família sobrevive do auxílio do governo e dos parentes.

Saudades do pai e marido

Aline conta que tem que lidar com os sentimentos dos filhos com a perda do pai. “Minha filha de cinco anos sofreu e sofre muito, eu não desejo isso para ninguém, ver sua filha querer o pai e não poder fazer nada a não ser abraçar e chorar junto”, desabafa a mãe. “Agora está um pouco mais conformada, todos os dias ela olha pro céu e procura uma estrela, então manda beijo e diz eu te amo pai”, completa emocionada.

Para a dona de casa, Vagner era o seu melhor amigo, além de único homem. “O Vagner foi realmente o amor da minha vida! Foi meu primeiro namorado, meu primeiro homem, meu marido, o pai dos meus filhos. Vagner era trabalhador, sempre lutou pra ter as coisas dele, gostava de festa, de dançar, mesmo com desafios no nosso relacionamento, porque todos têm desafios, sempre desabafava um com o outro, ria contava história… Até o último momento ele era nosso alicerce aqui. Já imaginou perder o teu braço direito? Você vive sem ele, mas vai ser tudo mais difícil, e sempre te faltará um pedaço”, destaca.

Polícia segue investigação

Uma das linhas de investigação usada na época do homicídio de Vagner, foi o latrocínio, já que a carteira da vítima não havia sido encontrada no local. A esposa comenta que não tiveram mais nenhuma informação sobre o caso. “Eles não têm nada de novo. A última vez que estive lá [delegacia] só me falaram que estão em investigação”, explica Aline.

O caso está a cargo do delegado Fernando Iasco, da Delegacia de Içara. Ele diz que é um caso complicado, sem suspeitos, e que nenhuma denúncia chegou até a polícia sobre a ocorrência.

Relembre do caso:

Polícia segue investigação sobre assassinato de motorista de aplicativo em Içara

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