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Fumaça vinda de baixo da terra obriga casa a ser demolida em Criciúma

Defesa Civil fez o trabalho de demolição nessa sexta-feira, dia 26, e segue acompanhando a situação

Para resolve um problema que vem se agravando há aproximadamente dois meses, a Defesa Civil demoliu nessa sexta-feira, dia 26, a casa do bairro Colonial. O imóvel fica em um terreno onde estava acontecendo uma queima de rejeito de minério que entrou em combustão embaixo da terra e provocava fumaça prejudicial a saúde.

Equipe da ANM em frente ao imóvel antes da demolição – Foto: Caroline Sartori/Portal Litoral Sul

A decisão da demolição foi tomada em conjunto com a Agência Nacional de Mineração (ANM) após vários dias de análise e acompanhamento do local. A reação começou no terreno e foi se alastrando. Nos últimos dias, já estava embaixo da casa da família. Era possível sentir o assoalho do imóvel quente. O cheiro de enxofre era muito forte.

Assoalho do imóvel está quente devido a reação estar embaixo da casa – Foto: Caroline Sartori/Portal Litoral Sul

“Cortamos o terreno para ver onde estava o ponto de calor. Começamos na parte fria, e chegamos na parte do calor, em que chegou a uma temperatura de 230 ºC. Tiramos praticamente todo o rejeito de carvão que tinha no terreno para parar a queima”, explicou o diretor da Coordenadoria Municipal de Proteção e Defesa Civil (Compdec) de Criciúma, Fred Gomes.

Veja fotos da demolição:

Por motivos de segurança, a família já tinha deixado a casa na última semana. Os moradores estão em um imóvel alugado e recebem uma ajuda de R$ 500 da Prefeitura do município com o aluguel social.

“Após a conclusão do trabalho e a certeza de que o problema foi resolvido, vamos analisar de que forma será construída uma nova casa para a família. Se será pelo município, ANM ou antiga mineradora. Vamos monitorar a área, fazer o aterro e depois pensar na volta para casa”, frisou Gomes.

Moradores preocupados

Mesmo com o trabalho realizado, os moradores ainda estão preocupados com a situação. Uma moradora das proximidades, que preferiu não se identificar, relatou que está grávida de seis meses e tem medo que o cheiro volte a aparecer.

“Já estamos há muito tempo inalando essa fumaça e tenho medo que essa reação continue se espalhando. Daqui a pouco pode atingir a rua ou as casas vizinhas”, lamentou a moradora.

Ainda segunda a mulher, ela e a família já pensaram em deixar o bairro devido ao cheiro forte da fumaça. Em julho, outros moradores também relataram que estavam sofrendo com o odor e que pensavam em deixar os imóveis.

“Esperamos que agora o problema realmente seja resolvido para a gente voltar a nossa vida normal”, frisou.

Acompanhamento do caso

Na manhã deste sábado, dia 27, a Defesa Civil esteve no local para verificar a situação do terreno e segundo Gomes, o terreno já está frio. Acompanhe abaixo vídeo gravado pelo coordenador:

 

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