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Família terá que deixar casa devido fumaça no bairro Colonial

ANM esteve no local e vai intervir para solucionar o problema

Maria Lorena Adão terá que deixar a casa onde mora no bairro Colonial, em Criciúma, devido a fumaça que brota do solo há dois meses e é prejudicial à saúde. A decisão da saída foi tomada pela Defesa Civil do Município em acordo com a Agência Nacional de Mineração (ANM), que estiveram no local nesta semana.

A fumaça começou a aparecer no início de julho e, desde então, os moradores estão tendo que conviver com o cheiro de enxofre. A Defesa Civil já fez duas retiradas do rejeito de minério que entrou em combustão embaixo da terra e provoca a fumaça, mas a reação está se espalhando. Por isso, uma maior ação será necessária.

Defesa Civil e prefeitura de Criciúma atuando no local em julho – Foto: Caroline SartoriPortal Litoral Sul

O aparecimento da fumaça iniciou na parte lateral do terreno, próximo a casa, onde a moradora ateou fogo em restos de madeira e ocasionou a reação devido a área possuir carvão no solo. Agora, a reação está acontecendo embaixo da residência e é possível sentir o assoalho do imóvel quente, principalmente em um dos quartos do imóvel.

Assoalho do imóvel está quente devido a reação estar embaixo da casa – Foto: Caroline Sartori/Portal Litoral Sul

A família vai receber uma ajuda de R$ 500 para pagar o aluguel de outro imóvel, que será concedido pela prefeitura de Criciúma, através da Assistência Social. Os moradores já encontraram outra casa e estão realizando a mudança.

“Estamos assumindo uma responsabilidade que de primeiro momento não seria nosso. Mas como é uma situação emergencial, a defesa civil vai interferir e trabalhar para tentar resolver o mais rápido possível”, explicou o diretor da Coordenadoria Municipal de Proteção e Defesa Civil (Compdec) de Criciúma, Fred Gomes.

Defesa Civil e ANM atuando no local – Foto: Caroline Sartori/Portal Litoral Sul

ANM vai intervir no local

Uma equipe da Agência Nacional de Mineração (ANM) esteve no bairro na manhã dessa terça-feira, dia 23, junto com a Defesa Civil para avaliar a situação. Os profissionais identificaram que, a princípio, a maior quantidade de rejeito de minério que tem na superfície está localizada na região mais baixa do bairro, onde tem um campo de futebol.

“Caminhamos pelas proximidades e pelas imagens históricas o rejeito foi colocado na parte mais baixa e pegou um pouco da encosta. Temos que fazer alguma sondagem para ver se o rejeito continua em espessura em subsuperfície”, explicou o geólogo da ANM, Marlon Hoelzel.

Equipe da ANM em frente ao imóvel que será desocupado – Foto: Caroline Sartori/Portal Litoral Sul

Nesta quarta-feira, dia 24, a Agência estará no local com um equipamento fazendo testes e medições para realizar o projeto de intervenção. “Vamos trazer um georadar para fazer uma medição de espessura do subsolo e ver se identifica a camada de rejeito em subsolo. Isso será para termos o mínimo de informações e fazer um projeto de intervenção”, explicou o geólogo da ANM, Walter Lins.

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