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Código visual: pessoal e intransferível

Zelar pela imagem pessoal não é criar um personagem para agradar ao outro ou, querendo enganá-lo, mas estampar qualidades genuínas para que a marca deixada seja positiva. Não é trapacear, é dar um recado sobre quem é você.

A narrativa visual é a melhor chance de ter uma oportunidade para revelar sua personalidade. Ela é o convite para a continuidade e aprofundamento de uma relação, qualquer relação.

A capa não é o livro aberto, mas ela desperta o interesse pelo conteúdo.

“A forma como nos vestimos interfere profundamente em nosso comportamento. Podemos nos sentir mais seguros e confiantes ou cheios de dúvidas e hesitantes. E isto dependerá da conexão com a nossa vestimenta. É o nosso código visual pessoal e intransferível.” (Mais esperto que o diabo, p. 150)

No entanto, preocupar-se com a roupa enquanto age com desrespeito é estar mal vestido usando as melhores grifes.

Imagem é um universo formado por atitudes, vestimenta, gestos, postura. Não apenas o que se vê, mas tudo que impacta na hora de consolidar a reputação.

Não há grife existente que possa esconder desvio de caráter. Este irá tornar-se visível (ainda bem, não é mesmo?)

Contudo, zelar pela narrativa visual adequada, genuína, oferece mais um caminho para a melhor comunicação.

Não há escusas para não utilizar deste canal poderoso na hora de comunicar-se. As desculpas podem convencer pessoas, mas não mudam as histórias.

Então, por que ainda há resistência quanto ao cuidado com a apresentação pessoal?

A narrativa visual é uma das chaves para a conexão com o público, é ela que irá oferecer uma prévia sobre quem somos e quais são nossas intenções. Aprender a usá-la com estratégia é fundamental para quem está na vida pública.

 

Aline Savi é advogada, consultora de imagem, especialista em imagem pública, personal stylist, consultora de etiqueta e pós-graduada em marketing político e comunicação eleitoral. Nesta coluna semanal fala sobre imagem e comunicação política.

 

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