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Deputados catarinenses alertam bandidos para que evitem confronto com a Polícia

Coincidentemente, um dia depois do pronunciamento dos deputados na tribuna da Alesc, bandidos tentam assaltar um banco e o confronto com morte foi inevitável. Deputado Carlos Humberto (PL) / Foto: Bruno Collaço / Agência AL

Deputados ligados ao PTB e ao PL ocuparam a tribuna, na Alesc, na última quinta-feira (10), e alertaram os criminosos, sobre o risco de morrerem em confronto com a Polícia barriga-verde. Os deputados Delegado Egídio (PTB) e Carlos Humberto (PL) lembraram que Santa Catarina é o Estado mais seguro, e de que houve um aumento do número de mortes em confronto com policiais. Citaram que os policiais são extremamente preparados e profissionais. E, se há morte de bandidos é porque optaram pelo confronto. “Se não acatarem as ordens, serão mortos, simples assim”, declarou o delegado. O deputado Humberto, afirmou que em Santa Catarina o bandido que atirar contra um policial receberá a mesma reação e vai morrer. “Que fique avisado, tem a opção de se entregar, porque antes um bandido morto do que um agente”, ponderou o deputado.

Alerta dos deputados não intimidou assaltantes de banco

Foto: Ascom SSP

Um dia após o alerta dos deputados, quatro homens tentaram assaltar uma agência do Banco do Sicoob, em Biguaçu. As Forças de Segurança agiram e não tiveram como evitar o confronto. Três assaltantes foram presos, e, na troca de tiros, um deles acabou morrendo e outro ficou ferido. Por outro lado, todos os reféns foram liberados sem ferimentos. Portanto, coincidentemente, o que os deputados disseram, acabou acontecendo. O efetivo trabalho dos policiais evitou o assalto e ainda salvou os reféns. Da ação, participaram equipes do BOPE, COBRA e 24º BPM e equipes da DRAS/DEIC da Polícia Civil e Polícia Rodoviária Federal (PRF). A investigação e o inquérito policial ficam a cargo da DRAS/DEIC da Polícia Civil.

Deputados estaduais e o direito à segurança pessoal

Foto: Rodolfo Espínola / Agência AL

A partir de uma regulamentação interna, os deputados estaduais catarinenses passam a ter direito a um segurança da Casa Militar da Alesc. A medida publicada no Diário Oficial da Casa, repercutiu esta semana, embora tenha sido publicado na segunda quinzena de junho, durante o recesso parlamentar. A justificativa de parte da Assembleia é de que há obrigação da Casa Militar, a garantia da segurança dos membros, servidores, autoridades e do público em geral no parlamento catarinense. Isso é sabido. Porém, os policiais, pela normativa, poderão acompanhar os parlamentares nos eventos oficiais, além de planejar o esquema de segurança. A medida vale especialmente para o Presidente, com o direto à segurança em todos os eventos oficiais, assim como da família dele. Os demais deputados podem requisitar a partir de justificativa fundamentada, e com a devida autorização da Presidência, mas somente em caso de perigo de agressão ou ameaça comprovada. Por hora, nenhum parlamentar requisitou a segurança de policiais. Ainda conforme a justificativa, a segurança policial não onera a Casa.

Nota da Alesc, na íntegra

A Casa Militar é a Unidade que presta segurança institucional ao Parlamento Catarinense, às suas instalações físicas no Palácio Barriga Verde e Unidade Administrativa, aos seus membros, aos servidores, às autoridades e ao público em geral. A existência da Unidade Casa Militar, tal como existente no Governo do Estado, no Tribunal de Justiça, no Ministério Público e no Tribunal de Contas, sempre existiu, sendo neste momento apenas aprovado seu Regimento Interno, regrando a atuação do setor.

Sobre a atuação da Casa Militar, tal como em todos os demais Poderes e órgãos do Estado, sua competência determina zelar pela segurança dos membros do Parlamento, como também dos servidores, autoridades e público em geral, que estejam em atividades no Palácio Barriga Verde, na Unidade Administrativa ou em eventos externos institucionais. 

Sobre segurança de membros da família, até o momento não houve pedido de nenhum parlamentar, como também não houve pedido do Presidente. Por questão de segurança, não é possível divulgar a atual existência ou manutenção e atuação militar em eventual segurança pessoal de deputados. Não há qualquer aumento de custo, sendo o Regimento Interno da Casa Militar apenas uma ferramenta de regulamentação da atividade militar.

Pontos…

  • CPI da Semasa – O relatório da CPI da Semasa, em Lages, serviu de base para a abertura de novas investigações, da 5ª Promotoria de Justiça, com a abertura de novo inquérito civil contra a Secretaria de Águas e Saneamento. Segundo o vereador Jair Junior, relator da CPI, a investigação será sobre as empresas terceirizadas da Semasa e os motivos pelos quais não há fiscais efetivos para conferir se os contratos estão sendo cumpridos. A Semasa foi alvo da Operação Mensageiro;
  • Impeachment – Enquanto isso, segue a expectativa sobre a votação do pedido de impeachment contra o prefeito Antonio Ceron (PSD), no próximo dia 21. Atualmente, o prefeito, de volta ao cargo, trabalha normalmente na Prefeitura. Ceron é réu na Operação Mensageiro que apura um esquema criminoso no setor de coleta e destinação de lixo em várias prefeituras de Santa Catarina;
  • Réus – Falta apenas um prefeito arrolado na Operação Mensageiro, virar réu. Todos os demais (15) estão respondendo as acusações. Trata-se de Luiz Shimoguri (PSD), de Três Barras. No entanto, ele permanece preso, em razão das investigações que apuram o esquema de corrupção no setor de coleta de lixo. Do total de prefeitos, cinco renunciaram.

 

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