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O PL afia o discurso e ataca Moisés

Chamado de “Imoraes” pelos conservadores ligados ao senador Jorginho Mello e ao presidente Jair Bolsonaro, instalados no PL, o governador Carlos Moisés ainda é alvo de ações fora do Legislativo por conta da aprovação do pacotaço de 31 projetos pela Assembleia.

A nomenclatura é usada pejorativamente contra o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo, mas em terras catarinenses quer reforçar que o governador está usando a estrutura do Estado para cometer improbidade administrativa e até mesmo desrespeitar decisões judiciais.

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É o que consta em ofício que o deputado Sargento Lima (foto) protocola nesta quinta (23) junto ao procurador-geral de Justiça, Fernando da Silva Comin, para que o Ministério Público faça a arguição de inconstitucionalidade de duas medidas aprovadas pela Assembleia: a Indenização por Uso de Veículo Particular (IUVP), R$ 3 mil incorporados aos vencimentos de servidores da Fazenda, e a transposição de contador para auditor na mesma pasta, sem concurso público.

Lima efetiva o pano de fundo das eleições de 2022 nas críticas feitas em plenário e fora dele, o que beneficia o senador Jorginho Mello, pré-candidato ao governo e presidente estadual do PL, porém se arrisca ao questionar fora do âmbito do Legislativo decisões tomadas pelos seus pares, mesmo que polêmicas, procedimento usual do PSOL e do NOVO, pra citar alguns, contra o governo Bolsonaro.

Clima

Não é de hoje que a situação não anda para conversa entre Moisés e Jorginho, tampouco é fato atual e sim movida pelas rusgas que começaram com a CPI dos Respiradores e o pé no acelerador pelos processos de impeachment para derrubar o governador.

Na formatura de policiais rodoviários federais, na quarta (22), enquanto Moisés foi e anunciou a intenção de doar uma área para a construção da Universidade Corporativa da instituição, cuja academia nacional tem sede em Florianópolis, Jorginho cercou-se de ministros de Bolsonaro (Damares Alves e Anderson Torres), do secretário Jorge Seif Júnior (Pesca) e da vice-governadora Daniela Reinehr (PL) e, além de um encontro protocolar encontro com o governador o ignorou olimpicamente nas redes sociais.

Jorginho agrada os conservadores e deixa o flanco aberto para sofrer o mesmo descaso, tanto que, na mesma solenidade, Moisés cumprimentou genericamente as autoridades presentes sem nominar o senador da República, o que para o Estado é ruim sob qualquer aspecto, ou seja, os dois erraram.

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