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Familiares de paciente com distrofia muscular fazem vaquinha para pagar tratamento nos EUA

Valor do tratamento é de US$ 36 mil

Buscando um tratamento nos Estados Unidos, uma família de Criciúma abriu uma vaquinha online para arrecadar fundos no nome de Mário Benedet Machado, o Maroka, de 31 anos. Ele sofre de distrofia muscular, uma doença genética em que os músculos que controlam os movimentos corporais enfraquecem progressivamente, o que não tem cura. Até esta quarta-feira, dia 25, a Vaquinha do Maroka já arrecadou mais de R$ 41 mil para o tratamento.

Em conversa com a reportagem do Portal Litoral Sul, Maria Fernanda Benedet Machado, irmã do Maroka, de 26 anos, contou que o diagnóstico da doença foi feito quando ele tinha 18 anos. “Na época da adolescência, familiares, amigos e professores notavam que ele estava com fraquezas, tropeçava bastante e até mesmo caía aleatoriamente. Uma das primas, que é fisioterapeuta, nos alertou que poderia ser Distrofia Muscular. Os sinais ficaram muito evidentes, então fizemos a biópsia em 2009, que confirmou a doença”, comentou ela.

Receber um diagnóstico ruim invariavelmente causa um impacto negativo em quem está sofrendo a doença e nas pessoas ao redor, mas, segundo a irmã de Maroka, alternativas já foram buscadas de início para ajudaá-lo . “A família ficou devastada com a notícia. Querendo ou não, nós sempre pensamos que nunca vai acontecer conosco. Infelizmente, a doença não tem perdão. Como a distrofia não tem cura, fomos atrás de fisioterapia para tentar amenizar os desconfortos musculares”, disse Maria Fernanda.

Foi nessa busca incessante que a família encontrou uma possibilidade promissora: um médico brasileiro desenvolveu um tratamento que induz a produção de proteínas de choque térmico, que “limpam” malformações de outras proteínas que causam doenças, entre elas a distrofia. Só havia um problema: é uma técnica cara e feita somente nos Estados Unidos.

“Nós descobrimos o tratamento por uma reportagem na Record, em que o repórter André Tal foi até lá para tratar o Parkinson. Ele sentiu diferenças significativas logo após. Essa notícia nos deixou cheios de esperança, até porque não havia nenhum tratamento aqui no Brasil do nosso conhecimento”, explicou a irmã do Maroka. A terapia do médico Marc Abreu custa US$ 36 mil, algo em torno de R$ 180 mil.

Formado pela Universidade de Harvard e de Yale, o dr. Marc Abreu criou o “sistema de hipertermia guiada pelo cérebro” para induzir as proteínas de choque térmico. A indução acontece quando o paciente, dentro de uma câmara térmica, utiliza um capacete com um microssensor. Quando o corpo do paciente é aquecido, a mais de 100ºC, o microssensor capta o sinal cerebral e entrega, por meio da indução, calor às proteínas de choque térmico, estimulando a sua produção.

Como as pessoas podem ajudar?

Há três formas de ajudar o Maroka a realizar o tratamento:

  1. Ajudando a divulgar a vaquinha no Instagram;
  2. Doando pelo site da Vakinha (ID da vaquinha: 3324425);
  3. Doando por meio do pix 098.324.339-59 (CPF, Maria Fernanda Benedet Machado).
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