Entenda porque partida do Tigre na Série B é investigada em esquema de apostas
A partida entre Criciúma X Tombense é alvo de investigação do Ministério Público de Goiás devido ao pênalti marcado em favor do Tigre no primeiro tempo da partida
(FOTO ILUSTRATIVA DA PARTIDA) - Foto: Celso da Luz/ARQUIVO/CriciumaEC
Uma investigação do Ministério Público de Goiás (MP-GO) está analisando a última partida da Série B do Brasileiro entre Criciúma e Tombense. O MP apura um esquema de manipulação de apostas que envolveu atletas da competição na última rodada de 2022.
O lance que gerou a investigação foi o pênalti marcado na partida. Aos 30 minutos do primeiro tempo o zagueiro Joseph da Tombense agarra Lohan na área. Penalti marcado e perdido pelo atacante carvoeiro.
De acordo com o levantamento do MP, naquela rodada, apostadores teriam aliciado atletas com pagamento de R$ 10 mil adiantado e mais R$140 mil posteriormente. A aposta era que seriam marcados três penaltis em partidas distintas no primeiro tempo naquela rodada. Além da partida entre Criciúma e Tombense, são alvo da investigação as partidadas entre Vila Nova x Sport e Sampaio Corrêa x Londrina. A informação é de que não há atletas do Criciúma sendo investigados.
Porém no confronto entre Vila e Sport não houve pênalti, o que teria frustrado a tentativa dos apostadores e deixado um prejuízo de R$ 2 milhões. Caso o esquema tivesse dado certo, cada atleta receberia R$150 mil. A equipe do Vila Nova descobriu e denunciou o esquema ao MP.
“O ganho para cada jogador envolvido seria de R$ 150 mil. Seriam pagos R$ 10 mil adiantados e R$ 140 mil após o êxito. Como no jogo do Vila Nova não houve o pênalti, mas houve o pagamento do sinal (R$ 10 mil) para o jogador envolvido, o apostador passou a cobrar excessivamente o atleta pelo prejuízo causado, já que nos outros jogos houve o pênalti, e os atores envolvidos esperavam receber cada um R$ 150 mil”, explicou o promotor de Justiça responsável pelo caso ao Globo Esporte, Fernando Martins Cesconetto.
Os envolvidos podem responder por associação criminosa, lavagem de dinheiro e corrupção emâmbito esportivo. Confira as notas oficiais sobre o caso do Vila Nova e Sampaio Corrêa:
Vila Nova:
O Vila Nova Futebol Clube informa que auxilia, na condição de denunciante, o Ministério Público do Estado de Goiás, que através do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), da Coordenadoria de Segurança Institucional e Inteligência (CSI) e do Grupo de Atuação Especial em Grandes Eventos do Futebol (GFUT), deflagrou a Operação Penalidade Máxima na manhã desta terça-feira (14).
O Vila Nova Futebol Clube aguarda a manifestação do MP/GO com mais informações e ressalta seu papel colaborativo e o compromisso com valores éticos, morais e de lisura que são princípios do clube e do esporte.
Sampaio Corrêa:
O Sampaio Corrêa apoia as investigações, e espera que tudo seja devidamente esclarecido. O clube ressalta que não compactua com nenhum tipo de atitude que ultrapasse as quatro linhas do campo, e frisa que cada um dos supostos envolvidos responda pelos seus atos e arque com as consequências.
O presidente Sergio Frota destaca que o Sampaio, no lance em questão, foi duplamente prejudicado, pois na sequência o atacante Gabriel Poveda marcou um gol, anulado com o auxílio do VAR para a revisão da jogada. O pênalti então foi marcado para o Londrina.
*Com informações de GE.com