Causa da morte de crianças em condomínio de Criciúma é investigada

Os pais ou responsáveis pelas duas crianças de dois anos que morreram na última semana e moravam no mesmo condomínio de Criciúma, serão intimados. As vítimas, um menino e uma menina, eram moradoras do bairro Jardim União e morreram nos dias 25 e 26 de junho.

Segundo a delegada Juliana Freitas Zappelini da Delegacia de Proteção à Criança, Adolescente, Mulher e Idoso (DPCami) de Criciúma, os pais serão ouvidos nos próximos dias. “A Polícia Civil instaurou o inquérito e os envolvidos serão intimados a prestar esclarecimentos e depoimentos durante esta semana”, explica.

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O pai da menina fez uma postagem nas redes sociais em que mobilizou alguns órgãos de Criciúma. Na denuncia do pai ele pede para que a causa seja investigada, pois as crianças moram no mesmo condomínio.

Com isso, a Companhia Catarinense de Água e Saneamento (Casan) e a Secretaria de Saúde de Criciúma estiveram no local coletando amostras da água. Na sexta-feira, dia 1º, o laudo da Casan informou que a água que é fornecida ao condomínio não tem contaminação.

A Secretaria de Saúde de Criciúma ainda aguarda o resultado das análises feitas pelo Laboratório Central de Saúde Pública (Lacen) para ver se é possível identificar a causa das mortes. Algumas infecções já foram descartadas, como a meningite bacteriana.

Segundo o secretário responsável pela pasta, Arleu da Silveira, os resultados podem demorar alguns dias para ficarem pronto. “Alguns resultados levam tempo para serem concluídos, como a da leptospirose, por exemplo”, frisa.

Em nota a DPCami se manifestou sobre o andamento dos trabalhos, mas informou não poder dar mais detalhes por ser um caso sob sigilo, já que envolve crianças.

Na semana passada, ao ter conhecimento dos fatos, a Polícia Civil em Criciúma iniciou a verificação das circunstâncias envolvendo o óbito de uma criança no Jardim União, nesta cidade. Em rede social, o pai levantou a hipótese de eventual relação com consumo de água no local. Apesar de não haver registro de ocorrência pelos familiares, a Polícia Civil trabalha em diligências para esclarecimentos. Outra criança do bairro faleceu em data próxima, contudo, preliminarmente foi verificado motivos distintos, não aparentando relação entre os dois eventos. A apuração segue sob sigilo por envolver crianças.

Saiba mais:

• Mortes de crianças por possível água contaminada são investigadas em Criciúma
• Água fornecida pela Casan em condomínio onde morreram duas crianças não está contaminada