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Vacinas contra a Covid-19 são eficazes?

O pneumologista, professor e pesquisador da Unesc, Felipe Dal Pizzol, responde a esta pergunta e destaca que vacinação contra a Covid-19 é o melhor caminho

A necessidade de reforço das doses meses depois da chegada ao Brasil e a explosão de casos de Covid-19, tem sido motivo de impasse para alguns e causado questionamentos quanto a eficácia das vacinas contra a doença.

Independentemente de posicionamento político, a ciência mostra um caminho de mudança significativa no cenário da pandemia, o que, conforme o pneumologista, professor e pesquisador da Unesc, Felipe Dal Pizzol, se deve ao grande número de vacinados no país.

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Apesar de mais um pico de contaminação atingir o Brasil nas últimas semanas, conforme Felipe, a vacinação completa, ou seja, com todas as doses disponíveis, segue sendo fundamental na luta pelo controle da doença.

“As pessoas podem pensar o porquê de ter uma onda tão grande de pessoas com Covid se a maioria da população está vacinada. Neste sentido, no entanto, temos que enfatizar que as vacinas comprovadamente reduzem casos graves, de hospitalização, necessidade de UTI e mortalidade. Em nenhum momento elas demonstraram reduzir casos leves ou assintomáticos”, explica.

A eficácia do imunizante vem sendo avaliada desde o início da aplicação das doses e, de acordo com o médico, segue comprovada pelas evidências científicas.

“A curva de mortalidade caiu drasticamente assim que se iniciou a vacinação. Do ponto de vista epidemiológico há uma relação forte de que aponta isso”, completa.

Felipe Dal Pizzol é pneumologista, professor e pesquisador da Unesc – Foto: Divulgação/Unesc

Com as mutações identificadas no vírus, de acordo com Felipe, há ainda mais necessidade de aplicação da terceira dose, sendo que a que vem sendo aplicada no país, da farmacêutica Pfizer, se mostra ainda mais eficaz perante as demais para a variante Ômicron.

“As pessoas vacinadas com a terceira dose, neste caso, têm menor chance de adquirir a doença, se comparado a quem não tem ainda a vacinação completa, o que comprova a importância de seguir o calendário. Hoje 80 a 90% das pessoas que internam no hospital são aquelas que não têm a vacina ou que ainda está incompleta”, explica.

Vacinação poderá ser anual

A possibilidade de a pandemia deixar a necessidade de vacinação anual contra o vírus, de acordo com Dal Pizzol, existe e será avaliada com o tempo.

“A história deve contar que isso vai continuar e, assim como a Influenza, teremos que nos vacinar todos os anos por algum tempo ou tempo indeterminado. Enquanto isso, o que podemos recomendar é que todos, exceto aqueles casos bem específicos que têm contraindicação formal, façam a vacina para se proteger e proteger a sociedade”, completa o pesquisador.

Assista a explicação do médico sobre a eficácia vacinas contra a Covid-19:

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