Sabia que a unha francesinha, hoje considerada clássica, pode ter origem na prostituição?
Foi nos anos 70, que Hollywood popularizou as francesinhas
A pintura clássica das unhas claras com as pontinhas brancas é a escolhida por milhares de mulheres, todos os dias, nos mais diversos salões. Mas será que quem adota a produção discreta e até mesmo ingênua das unhas francesinhas, faz ideia de como surgiu esse estilo? O curioso é que a história da francesinha não é muito glamourosa, não. Vamos ver?
As unhas francesinhas te remetem a ideia de uma mão limpinha e clean? Pois é… não foi por isso que elas foram criadas, não.
A França no século XVIII, vinha passando por inúmeras dificuldades e uma pobreza absurda. A época marcada pelo Iluminismo, pregava a busca pelo prazer, mesmo com a pobreza que se alastrava pelo país.
Com isso, aumentaram o número de prostitutas e, como elas não tinham recursos, nem o hábito de tomar banhos frequentes, precisavam esconder a sujeira acumulada debaixo das unhas. As meretrizes francesas passaram então a pintar a ponta de suas unhas, este truque que servia como um modo de transmitir boa aparência, acabou se tornando uma forma também de identificar as prostitutas, distinguindo as damas das cortesãs.
No início do século XX, mais especificamente em 1927, o empresário e esteticista de origem polonesa, Max Factor, é considerado o precursor da ideia de pintar apenas as pontinhas das unhas. Ele criou um creme para que fosse usado sobre as unhas, o kit Society Nail White, trazia um líquido branco para passar nas pontas. Mas, a denominação “francesinha” só veio mais tarde, com o americano Jeff Pink.
Por volta de 1975, o maquiador americano Jeff Pink começou a fazer unhas rosadas ou em bege claro com as pontinhas brancas nas modelos em desfiles em Paris. Depois, ao voltar para os Estados Unidos, nomeou a técnica de “french manicure”, expressão traduzida para o português como “francesinha”, técnica que passou a usar para embelezar as atrizes. Mas isso aconteceu por conta de uma necessidade de Hollywood, devido a reclamações de diretores de cinema.
Segundo eles, demorava muito tempo para fazer as unhas das atrizes, que mudavam conforme elas trocavam de figurino para gravar uma cena diferente. E não é que deu certo? Os estúdios agradeceram pela economia de dinheiro – e de tempo – com manicure nos sets de filmagens.
Então, foi ai que o maquiador ofereceu o creme, como solução. E disse que a ideia do nome foi tirada da aplicação do creme nos desfiles de moda em Paris. Contudo, sabemos que a origem é baseada em prostitutas francesas, que pintavam as pontas das unhas por conta da higiene ser muito baixa, estando sujas, assim escondia-se!
Apesar de esmalte branco não ser uma tendência da época, o americano viu uma oportunidade de negócio e começou a vender o kit com um esmalte rosado e um branco, que se chamava Natural Look Nail Kit (algo como “kit de unhas naturais”, em português), na sua marca de esmaltes e utensílios para unhas, a Orly.
As francesinhas se espalharam pelo mundo com a ajuda do maquiador e cabeleireiro Jeff Pink, e graças à evolução dos cuidados e higienização das unhas, as francesinhas deixaram de ser um simples meio de esconder sujeira e tornaram-se referência mundial no quesito beleza e cuidado com as unhas.
Nos dias atuais a Francesinha é sinônimo de unhas limpas e chiques e possui outras diversas modalidades, a tendência já recebeu sua versão mais coloridinha: a Inglesinha. Nessas, você pode inovar e usar a combinação de cores que quiser. Já recebeu também a versão invertida: a Ruffian Nail. Essa virou tendência após a marca Ruffian usar em suas modelos durante seus desfiles.
E aí, gostou de conhecer essa história? Marque sua manicure e compartilhe-a em suas redes sociais, vai rolar até assunto no salão. Agradeço imensamente pela leitura até aqui, e semana que vem tem mais! Siga-me nas redes sociais:
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