Com as bênçãos de Celso Maldaner, MDB fecha com Carlos Moisés

Nem Celso Maldaner segura mais a distância do MDB de um acordo com o governador Carlos Moisés (Republicanos) e, na tarde desta sexta-feira, dia 3, em Maravilha, base política do deputado federal, que preside a maior sigla do Estado, veio a declaração que faltava para consolidar a aliança.

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Celso disse que, se a preocupação era a unidade, e que 50% dos emedebistas já estavam com o governador, agora é hora de estar junto, encerrando o discurso na agenda de Moisés com um: “ou vai todo mundo ou não vai ninguém, então melhor ir tudo. Conte conosco!”

Na quarta-feira, em um jantar, em Brasília, na quinta-feira, com a presença dos presidente nacional do MDB, o deputado federal Baleia Rossi (SP), e o líder do partido, deputado Isnaldo Bulhões (AL), mais o deputado Carlos Chiodini e o pré-candidato ao governo Antídio Lunelli, as definições finais da costura indicavam seguir com Moisés.

O MDB indicará o vice e o candidato ao Senado na chapa, trabalho que será feito na direção de Udo Döhler, ex-prefeito de Joinville, e o próprio Antídio, embora haja quem calcule que o ex-prefeito de Jaraguá declinará da condição, na última hora, antes da convenção, para que o seu fiel escudeiro Chiodini seja o indicado.

O gesto praticado em Brasília era de conhecimento de Moisés e saiu do encontro da última quarta-feira, com o pré-candidato do MDB, na Casa d’Agronômica, e, na prática, esvazia a reunião do diretório estadual, convocado pela maioria da executiva emedebista, na semana que vem.

Se o encontro ocorrer, apenas ratificará os acertos de última hora e evitará o desgaste para Celso, Antídio e Chiodini.

O que diz o porta-voz

Incumbido de ser o porta-voz da maioria da executiva, o líder do MDB na Assembleia, deputado Valdir Cobalchini, disse nesta sexta, pela manhã, que a decisão tomada em Brasília sugere que o movimento pró-Moisés não tem mais volta.

Cobalchini considera que o gesto é pala aplainar o terreno, o que faltava na relação para consolidar a coligação com o Podemos. Chiodini e Antídio trabalharam para que a situação se resolvesse sem traumas, mostraram grandeza nos momentos mais delicados vividos pelo MDB.

Dário tem alta e busca indicação da Frente Democrática

O senador Dário Berger, pré-candidato do PSB ao governo, teve alta médica nesta sexta-feira, depois de ter ficado fora de combate por uma intervenção cirúrgica, e retoma a busca da indicação disposto a assumir as articulações da Frente Democrática.

Dário já tem até o discurso, a divisão da direita no Estado com pelo menos quatro candidaturas. No conceito do senador, a união dos oito partidos de centro-esquerda (PSB, PT, PSOL, PV, Solidariedade, Rede Sustentabilidade, PDT e PCdoB) levaria uma candidatura forte ao segundo turno, desde que “consiga agregar novos aliados por um projeto para Santa Catarina, despido de ideologias e vaidades pessoais”.

A grande barreira para Dário ou qualquer outro que se apresentar como pré-candidato ao governo da Frente Democrática é retirar o apoio ao ex-deputado Décio Lima, presidente estadual do PT, amigo de Lula, ex-prefeito de Blumenau e ex-deputado federal.