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“Quando ligaram não acreditei”, conta paciente que estava em fila de espera de doação de rim

Tabata de Almeida, de 35 anos, foi a transplantada renal de número 50 do Hospital São José, de Criciúma

Foram quase três anos de espera por uma ligação que foi realizada na última sexta-feira, dia 24. Tabata de Almeida, de 35 anos, natural do Paraná, mas moradora de Criciúma há seis anos, estava desde novembro de 2020 na fila de espera aguardando a doação de um rim. Ao longo desse tempo, fazendo diálise, a expectativa de receber a notícia que havia um órgão compatível com ela sempre esteve presente, dia a dia. Até que a espera acabou neste fim de semana. Tabata foi a paciente que realizou o 50º transplante renal no Hospital São José de Criciúma.

“Quando ligaram não acreditei. É a ligação mais esperada da vida, só que quando acontece não cai a ficha, é muita felicidade. Eu só chorava de alegria. Sei que no início, pela questão do transplante, dos cuidados que tenho que tomar, vai ser difícil. Mas depois, com certeza vai ser muito melhor do que eu estar conectada toda noite, fazendo diálise oito horas por noite. Tenho consciência que vou precisar de um cuidado maior o resto da minha vida, mas é diferente. Essa ligação e, consequentemente essa cirurgia, era o meu pedido, meu maior presente. Não só para mim, como por toda a minha família. Um sonho que se realizou”, conta Tabata.

O transplante de Tabata não foi o único realizado neste final de semana no HSJosé. Logo após o 50º transplante, também foi realizado o de número 51. As cirurgias contaram com a participação dos médicos Dra. Cassiana Mazon Fraga, Dr. Bruno Fontes Lichtenfelz, Dr. Conrado Menegola, Dr. João S. Carneiro, Dr. André Rodrigues, da enfermeira Cândice Cadorin Keller Calvete, além dos técnicos de enfermagem e demais profissionais do centro cirúrgico da instituição.


Tabata de Almeida e equipe


“Esses números que conquistamos representam a consolidação do serviço de transplante renal do Hospital São José. São três anos de transplante, o que representa um grande avanço para o Sul do estado, afinal, os pacientes não precisam mais sair daqui para fazer esse tipo de tratamento, conseguem ficar aqui na região. Chegamos ao nosso transplante número 51 prestando um serviço de excelência e trabalhando cada vez mais para melhorar a qualidade de vida do paciente renal”, garante a médica nefrologista, responsável técnica pelo serviço de nefrologia do HSJosé, Dra Cassiana Mazon Fraga (CRM – 9170 | RQE – I6382).

O transplante renal é considerado uma técnica de alta complexidade, por isso também a necessidade do envolvimento de uma equipe multiprofissional. O paciente transplantado, após a realização do procedimento, precisa ter o atendimento desta equipe composta por médicos, enfermeiros, nutricionistas, psicólogos, fisioterapeuta, etc. Somente após o tempo necessário de avaliação e exames complementares, o paciente poderá receber alta.

“Para o HSJosé é um grande marco chegarmos ao transplante número 51. Isso só reforça o comprometimento de todas as equipes, dos médicos, enfermeiros e técnicos de enfermagem. Todos unidos em uma única causa que é levar qualidade de vida às pessoas. É um momento que merece ser celebrado”, enaltece a diretora do HSJosé, Irmã Isolene Lofi.

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