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Podemos entra na mira de MDB, UB e PSD

Encontros entre pré-candidatos ao governo não são tão comuns em tempos de costuras de alianças, mas, nos últimos dois dias, proliferaram entre Antídio Lunelli (MDB) e Fabrício Oliveira (Podemos), sob o olhar atento do anfitrião, o prefeito Mário Hildebrandt (Podemos), de Blumenau, coordenador político da sigla, e o presidente Celso Maldaner (MDB), enquanto Gean Loureiro (União Brasil) recebia, em Florianópolis, na quinta (3) e na sexta (4), respectivamente Raimundo Colombo (PSD) e Paulo Bornhausen (Podemos).
A pergunta imediata é se, nestas aproximações, houve algum avanço para futuras coligações, e a resposta fica em um robusto não.

São conversas que valem mais pelo impacto visual e que geram especulações sobre quem cederia espaço ao concorrente doque constituem fatos.
O Podemos é, de longe, a sigla mais cobiçada tanto por Antídio quanto por Gean, principalmente porque, na semana que termina, era tida como uma das opções do indeciso Carlos Moisés, agora mais inclinado ao Republicanos, legenda desprovida de estrutura no Estado e que forçará o governador a buscar apoio de parte do MDB e PP se tiver intenções de se reeleger.

No mesmo barco

O traço comum entre MDB e Podemos está na falta de robustez de suas pré-candidaturas, o que exige acordos que lhes deem musculatura eleitoral.
No União Brasil (UB), a situação não difere muito, afinal de nada adianta Gean ter o maior tempo de rádio e TV, além de fartos fundos Partidário e Eleitoral, se continuar sozinho.
A receita serve para Colombo, bem cotado nas pesquisas, que ainda surfa no recall de duas administrações estaduais e carece de parceiros, tanto que já o colocaram na rota do UB, com possibilidade de estar com Gean na cabeça de chapa, vice ou mesmo candidato ao Senado, ou, no espelho, que o prefeito de Florianópolis inverta estas posições.

Muitos Podemos

Que a pré-candidatura do prefeito Fabrício Oliveira, de Balneário Camboriú, sempre foi vista com desconfiança pelos filiados do ascendente Podemos não trat-se de novidade e uma aproximação com o prefeito emedebista Antídio Lunelli, de Jaraguá do Sul, nada soma.
Tanto que, enquanto o presidente Camilo Martins mantém o foco nas nominatas a deputado estadual e federal, que servirão para elevar a sigla de patamar e descarta Moisés, Paulo Bornhausen sustenta a defesa do partido seguir com Gean, que o ajuda no projeto pessoal do ex-deputado.

Divisão no jogo

A inexplicável demora de Moisés e de seus conselheiros em fecharem um destino partidário, que redundará em uma filiação sem impacto algum junto ao eleitor, ajuda os adversários a se articularem.
Dá esperanças a gente solitária nas pretensões para outubro: ao senador Jorginho Mello (PL), ao persistente senador Esperidião Amin (PP) e à zebra Vinícius Lummertz (PSDB), o último tucano que sobrou na possibilidade de disputar o governo depois que o prefeito Clésio Salvaro, de Criciúma, disse que agora não e que o ex-deputado Gelson Merisio abandonou o barco para virar “socialista”.
Merisio jurou lealdade a Lula (PT) e deve estar com um derrapante senador Dário Berger, que, por ora, segue um rito semelhante ao de Moisés, de fazer mistério em cima de nada, embora ainda tenha a condição de filiado ao MDB e o PSB à sua espera.

COM HANG E VEQUI

Foto: Divulgação

Responsabilizado pela crise no MDB, tanto pela bancada estadual quanto pela maioria dos 96 prefeitos do partido, o deputado Celso Maldaner convidou o empresário (vendedor) Luciano Hang a retornar à sigla, na qual já foi filiado a pedido do ex-governador Luiz Henrique da Silveira. Celso foi entregar uma emenda parlamentar de R$ 300 mil ao Hospital Azambuja, de Brusque, e visitou o Centro Administrativo da Havan, ao lado do prefeito Ari Vequi (MDB). Esperto, Hang sabe que as dezenas de rachaduras emedebistas, a maioria causadas no último mês, devem deixá-lo longe deste vespeiro.

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