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Pela primeira vez, Criciúma tem um representante na final da 6ª Olimpíada de Língua Portuguesa

Antony Novack Bertan foi premiado com a medalha de prata e foi escolhido para ser finalista na categoria poema na Olimpíada de Língua Portuguesa. Organizadas pelo Itaú Social e pelo Ministério da Educação, com coordenação técnica do do Centro de Estudos e Pesquisas em Educação, Cultura e Ação Comunitária (Cenpec), a olimpíada é volta a estudantes do 5º ano do ensino fundamental ao 3º ano do ensino médio.

A próxima fase é a Etapa Nacional, que ocorre no dia 28 de novembro com a seleção dos 28 estudantes ganhadores. A revelação dos nomes será divulgada no dia 9 de dezembro em São Paulo (SP).

Com o poema ‘O Rio da Minha Cidade’, o estudante da Escola Municipal de Ensino Fundamental Jorge da Cunha Carneiro se inspirou no Rio Linha Anta. O poema retrata a importância do rio para o município, além de conscientizar sobre o uso da água. “Eu estou me sentindo orgulhoso e agora vou tentar a medalha de ouro”, acredita o estudante.

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A olimpíada tem cinco categorias: Poema, Conto, Crônica, Artigo de Opinião e Documentário e o tema deste ano foi ‘O lugar onde eu vivo’. Para a professora Joyciane Vidal Gonçalves, que acompanhou Antony na viagem, toda a experiência foi um momento singular. Ela também frisa que está trazendo na bagagem novos conhecimentos e uma troca de vivência entre os professores de todo o Brasil. “A alegriaa o reconhecimento da docência, o presente em participar de todo esse projeto levando o nome da escola Jorge da Cunha Carneiro e representando o município de Criciúma é gratificante”, ressalta.

Durante o período de viagem, os dois participaram de atividades culturais e formativas. A premiação para os alunos vencedores é uma viagem cultural para uma cidade brasileira, já para os professores é uma imersão pedagógica internacional e a escola receberá um acervo para biblioteca escolar.

Confira o poema na íntegra:

 O Rio da Minha Cidade

Do lado da minha casa

Passa um Rio encantado

Quieto, manso e pequeno

onde navega meu barquinho acalentado.

Lá no morro da TV

na cidade de Criciúma,

o Rio Linha Anta nasce

e desce as serras, uma a uma.

Nasce limpo, é água das chuvas

que a terra filtrou.

Cria leitos, faz curvas

cumpre o que seu destino mandou.

Sua missão é encharcar a terra

matar a sede do homem e da plantação,

mas no caminho algo se erra,

é começo de poluição.

E no seu ensejo encontra

lixo, esgoto e carvão.

Minha cidade é conhecida

pela extração do carvão mineral

Porém a fama se esconde, enegrecida

nas águas profundas do canal.

Canal esse que em parte, foi escondido

Para dar lugar às construções

Perdeu-se o leito e o caminho

encontrou-se problemas e inundações.

Meu pai é agricultor

E precisa da água do rio para plantar

Como dessas terras sou herdeiro imperador,

esse rio terei que para o futuro resguardar.

Linha Anta é o seu nome

passa por mim sempre fiel.

Passa por casas, passa por pontes

leva meu barquinho de papel.

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