No Dia da Mulher, doadoras se juntam e comparecem ao Hemosc

O Dia da Mulher foi diferente para 18 moradoras de Turvo. Ao invés de somente receber homenagens no dia delas, as turvenses decidiram separar o dia para ajudar o próximo. De micro-ônibus, elas foram até o Hemosc de Criciúma doar sangue voluntariamente.

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“Em nossa doação de dezembro já começamos a nos organizar para vir doar novamente em março. Deu certo que caiu no Dia da Mulher, ficou completo. Sou apaixonada pela doação e hoje é a sétima vez que estou doando. Estou muito feliz e realizada”, relata a moradora de Turvo e uma das organizadoras da ação, Mariléia Acordi.

Preparadas para espalhar o amor e a alegria, as 18 mulheres levaram até lembrancinhas feita à mão por elas, para entregar às mulheres que estavam no Hemosc. “Foi uma equipe que trabalhou para fazer as lembrancinhas. Tudo foi feito manual, cada uma ficou responsável por uma parte e ficou bem linda. Vamos sortear até um buquê de flores”, conta Mariléia.

A iniciativa partiu de um grupo de voluntários “Doadores de Turvo” que realiza doação de sangue semanalmente. Com uma van custeada pela Prefeitura, os turvenses comparecem no Hemosc de Criciúma para doar sangue. “Todas as semanas é uma mobilização grande para trazer nossos doadores. Desde o início do projeto, não deixamos de vir nenhuma semana”, explica Renata Tonetto, colaboradora do projeto.

Primeira doação

Das 18 turvenses que doaram sangue, para uma delas foi um dia muito especial. Daniela Silveira Martins, de 39 anos, fez sua primeira doação de sangue. Ela chegou no Hemosc carregando uma cesta com as lembrancinhas. Um sorriso no rosto estampava a alegria de, além de estar ajudando, doar pela primeira vez.

“Foi muito gratificante. Não tive medo, não dói como muitos dizem. Fiquei muito feliz em saber que estou ajudando pessoas, principalmente por ser no Dia da Mulher. Muitos precisam e não podem pedir e enquanto eu conseguir, vou doar”, relata Daniela.

Incentivo para doar

Há cerca de dois anos e meio Mariléia Acordi doa sangue três vezes ao ano. Nos olhos da turvense, é possível ver a alegria em fazer o bem. “O objetivo da minha vida, enquanto Deus me der saúde, as minhas três doações de sangue quero vir fazer. E eu não quero ser só uma doadora, quero doar e incentivar e ajudar as pessoas”, conta emocionada.

A iniciativa de doar regularmente veio após uma fase difícil em que ela enfrentou com a família. A mãe de Mariléia precisou retirar um câncer de mama e foi durante a cirurgia que ela decidiu se tornar uma doadora.

“Quando minha mãe entrou na sala de cirurgia, peguei meu celular e assisti um vídeo de uma criança com câncer. No vídeo o menino relatava que só estava vivo devido a uma transfusão de sangue. Naquele momento pensei, se é difícil receber uma notícia de câncer de uma mãe, imagina de um filho. A partir daquele momento decidi ser doadora”, conta.