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Morre o cronista e cinesta Arnaldo Jabor

Morreu na madrugada desta terça-feira, dia 15, o renomado e conhecido cronista e cineasta Arnaldo Jabor aos 81 anos

Morreu na marugada desta terça-feira, dia 15, Arnaldo Jabor aos 81 anos em São Paulo. O cronista, cineasta e jornalista estava internado no Hospital Sírio-Libanês desde dezembro do ano passado quando sofreu um acidente vascular cerebral (AVC).

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Jabor era conhecido pelos comentários políticos na rádio e televisão. Como cineasta dirigiu o filme ‘Eu sei que vou te amar’ (1986) que foi indicado à Palma de Ouro de melhor filme do Festival de Cannes.  Além disso, era colunista dos telejornais da TV Globo desde 1991.

Arnaldo Jabor teve extensa carreira dedicada ao cinema, à literatura e ao jornalismo. Ele deixa três filhos e uma neta.

 

Biografia

Carioca nascido em 1940, filho de um oficial da Aeronáutica e uma dona de casa, o cineasta e jornalista Arnaldo Jabor já foi técnico de som, crítico de teatro, roteirista e diretor de curtas e longas metragens.

Formado no ambiente do Cinema Novo, participou da segunda fase do movimento, que buscava analisar a realidade nacional, inspirando-se no neorrealismo italiano e na nouvelle vague francesa. Seu primeiro longa metragem foi o inovador documentário Opinião Pública (1967), uma espécie de mosaico sobre como o brasileiro olha sua própria realidade.

O primeiro longa de ficção que Jabor produziu, roteirizou e dirigiu foi “Pindorama”, em 1970. Ele tinha um excesso de barroquismo e de radicalismo contra o cinema clássico. No ano seguinte, foi indicado à Palma de Ouro, o maior prêmio do festival de Cannes, na França.

A patir daí, sucessos de bilheterias e obras premiadas marcaram a carreira do cineasta. Três anos mais tarde, fez um dos grandes sucessos de bilheteria do cinema brasileiro: “Toda Nudez Será Castigada”, uma adaptação da peça homônima de Nelson Rodrigues. Por ele, Jabor venceu o Urso de Prata no Festival de Berlim em 1973.

 

Em 1981, Jabor escreveu e dirigiu o premiado “Eu te amo”, que consagrou Paulo César Pereio e Sônia Braga no cinema brasileiro. Cinco ano depois, voltou com outro sucesso de bilheteria e crítica. “Eu Sei que Vou Te Amar”, de 1986. Foi mais um sucesso do cineasta gravado entre quatro paredes em uma casa projetada por Oscar Niemeyer, e deu o prêmio de melhor atriz para Fernanda Torres no Festival de Cannes.

Início na imprensa e livros

 

Na década de 1990, Jabor se afastou do cinema devido, segundo o site oficial dele, ao sucateamento da produção cinematográfica brasileira com o governo de Fernado Collor de Mello. Foi aí que entrou na Globo em 1991.

Iniciou como cronista em jornais e posteriormente iniciou comentários políticos em programas como Jornal Nacional, Bom Dia Brasil, Jornal Hoje e Fantástico. Além de comentários na rádio CBN. Na coluna do ‘Jornal o Globo’ versava sobre diversos temas como cinema, artes, sexualidade, política nacional e internacional, economia, amor, filosofia, preconceito.

Jabor publicou oito livros de crônicas. O primeiro deles, “Os canibais estão na sala de jantar”, foi lançado em 1993. Já os dois últimos, “Amor é prosa”, de 2004, e “Pornopolítica” (2006), se tornaram best-sellers.

Em 2010, voltou a filmar depois de 24 anos afastado do cinema. Assinou roteiro e direção de “A Suprema Felicidade”. O filme foi indicado e ganhou categorias técnicas (direção de arte, figurino) em festivais brasileiros e internacionais.

O último comentário de Jabro foi gravado no dia 18 de novembro do ano passado, quando falou sobre as suspeitas de interferência no Enem. Nem durante a pandemia, ele parou. Longe da redação gravava os comentários e colunas de casa.

*Com informações de G1 e do site oficial de Arnaldo Jabor.

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