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Mais de 30 casos da síndrome mão-pé-boca são registrados em Urussanga

Casos são monitorados pelas secretarias de Saúde e Educação

Quatro, das dez escolas municipais de Urussanga, registraram casos da Síndrome mão-pé-boca.  Na semana passada, 28 crianças foram afastadas da sala de aula. Nesta sexta-feira, dia 17, são sete crianças em cuidados devido à síndrome. As Secretarias Municipais de Saúde e Educação, estão em monitoramento. 

A Síndrome mão-pé-boca é uma infecção de origem viral, causada por diversos enterovírus, principalmente o Coxsackie. Costuma acontecer na forma de surtos, atingindo principalmente crianças menores de cinco anos que frequentam creches e escolas. O período mais comum de contaminação, são os meses de verão e primavera, e a transmissão se dá pelo contato fecal-oral e com secreções respiratórias, sendo o período de incubação de três a sete dias.

“Nenhuma turma precisou ter as aulas suspensas, mas as secretarias de educação e saúde monitoram o número de casos para garantir a desinfecção dos locais e também a segurança das crianças”, explica a secretária de educação, Janea Possamai..

A servidora pública, Bruna da Fonseca, conta que os primeiros sintomas no filho, de um ano e seis meses, foram febre e pequenas manchas na sola dos pés e em outras regiões do corpo. “Ele também apresentou falta de apetite, vômito e diarreia. Procuramos o atendimento médico, comunicamos imediatamente a Agente de Saúde e a escola, para alertar outros pais e a comunidade”, conta.

Segundo a enfermeira Marília Marcineiro, a mão-pé-boca pode ser descrita como uma doença febril autolimitada. “A febre e o mal-estar costumam ser os primeiros sintomas, sendo normalmente baixa e passando em 48 horas. Mas logo em seguida, chegam as úlceras orais que causam dor na boca e garganta, pequenas bolhas nas palmas das mãos e plantas dos pés, e as vezes, nas nádegas e região genital”, pontua. Ela ainda alerta para a falta de apetite, vômitos e diarreia. “A própria dor que as bolhas causam, pode fazer com que essa criança tenha dificuldade para engolir e salivação excessiva. É preciso garantir a hidratação da criança durante o período da infecção”, destaca Marília.

Tratamento

Não existe um tratamento específico para a síndrome mão-pé-boca, e as medidas de suporte orientadas, são as mesmas que para todos os pacientes com doenças virais: repouso, alimentação leve e muita hidratação oral. 

“Os casos de febre devem ser controlados com antitérmico prescrito pelo pediatra. Como uma virose autolimitada, a síndrome tem regressão espontânea, ou seja, se cura sozinha com o passar dos dias”, destaca a enfermeira, Marília Marcineiro.

Como controlar e evitar o contágio?

Para controle da síndrome viral do mão-pé-boca, a lavagem frequente e correta das mãos, especialmente após a troca de fraldas e do uso de banheiros, se faz necessária. “Outro ponto que sempre destacamos é a limpeza de superfícies e brinquedos utilizados pela criança, de preferência e, quando possível, com água e sabão e depois desinfetado com uma solução de água sanitária. Indicamos diluir uma colher de sopa do produto em quatro copos de água. Além disso, é necessário evitar contatos como beijo, abraço e compartilhamento de itens de alimentação e higiene com pessoas infetadas”, comenta a enfermeira.

Em caso de contaminação, a orientação médica é para que a exposição das crianças doentes seja limitada, mantendo-as afastadas de escolas, creches e outras crianças sadias.

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