Notícias de Criciúma e Região

Hormônio que reduz a fome e ajuda a emagrecer é descoberto

O estudo, publicado na revista científica Nature, mostra que, em testes com camundongos, o hormônio GDF15 reduz em até 43% a ingestão de alimentos

Cientistas descobriram um hormônio que reduz a fome, ajuda na perda de peso e queima de calorias, grande desejo de quem faz dieta e malha para ficar em forma.

O estudo, publicado na revista científica Nature, mostra que, em testes com camundongos, o hormônio GDF15 reduz em até 43% a ingestão de alimentos. O trabalho é desenvolvido na Universidade McMaster, no Canadá.

“Descobrimos que em camundongos, o GDF15 bloqueia a desaceleração do metabolismo que ocorre durante a dieta, aumentando o ciclo fútil de cálcio no músculo”, disse Gregory Steinberg, professor do Departamento de Medicina da Universidade McMaster e codiretor do Centro de Metabolismo.

O estudo

Pesquisadores liderados pelo professor da McMaster University Gregory Steinberg e pelo pesquisador de pós-doutorado Dongdong Wang analisam os efeitos do hormônio chamado GDF15.

O hormônio se mostrou, anteriormente, capaz de reduzir o apetite em resposta à metformina, medicamento para diabetes tipo 2.

A associação de terapias combinadas com GDF15 e medicamentos faz parte dos estudos sobre distúrbios metabólicos.

Após os estudos experimentais, os cientistas querem desenvolver tratamentos combinados com a substância e medicamentos prescritos para suprimir o apetite para ajudar no emagrecimento das pessoas.

Reduz a fome

Para Gregory, a terapia associada ao hormônio poderá, ao mesmo tempo, não só reduzir a fome, como também queimar calorias.

“Nosso estudo destaca o potencial do hormônio GDF15 para não apenas reduzir o desejo de comer alimentos gordurosos, mas também aumentar simultaneamente a queima de energia nos músculos.”

A pesquisa mostrou que os ratos tratados com GDF15 continuaram perdendo peso enquanto consumiam o mesmo número de calorias que o grupo controle.

O aumento na queima de energia ocorreu em seus músculos, mas não no tecido adiposo.

O estudo envolve a parceria da universidade canadense com a Novo Nordisk e pesquisadores de Ottawa, Waterloo, Sherbrooke, Pequim e Guelph.

Parte do financiamento veio da organização Diabetes Canada, dos Institutos Canadenses de Pesquisa em Saúde e da Novo Nordisk.

Você também pode gostar