NotĆ­cias de CriciĆŗma e RegiĆ£o

Fiesc apresenta hub de descarbonizaĆ§Ć£o e pesquisas espaciais

Iniciativa envolve organizaƧƵes governamentais e da sociedade com o objetivo de propor soluƧƵes para a indĆŗstria e tornar o estado referĆŖncia nestas Ć”reas

A FederaĆ§Ć£o das IndĆŗstrias (Fiesc) recebeu representantes do governo do estado e entidades parceiras para apresentar suas iniciativas voltadas Ć  descarbonizaĆ§Ć£o da indĆŗstria e Ć  pesquisa espacial. O objetivo Ć© integrĆ”-los aos projetos que visam destacar o estado e tornĆ”-lo referĆŖncia nestes assuntos. O encontro aconteceu na quarta-feira, dia 31.

O presidente da Fiesc, Mario Cezar de Aguiar, lembra que a descarbonizaĆ§Ć£o e os desafios impostos pelas mudanƧas climĆ”ticas devem ser o ponto focal da reuniĆ£o da cĆŗpula do G20, que ocorre no Rio de Janeiro, em novembro. ā€œNada mais apropriado do que discutir isso agora, pois sempre estivemos na vanguarda. Ontem mesmo recebemos a embaixadora da UniĆ£o Europeia que nos contou que lĆ” a descarbonizaĆ§Ć£o Ć© um assunto que estĆ” no centro da agendaā€, relatou Aguiar.Ā 

Para acelerar a descarbonizaĆ§Ć£o da indĆŗstria, o Senai organizou um hub que atua na formaĆ§Ć£o de pessoas, em pesquisa e desenvolvimento de novas tecnologias para uso em escala e novos modelos sociais. O primeiro programa visa descarbonizar a cadeia de proteĆ­na animal, explica o diretor regional do Senai, Fabrizio Machado Pereira. ā€œĆ‰ uma agenda permanente e novos integrantes vĆ£o sendo inseridos nos grupos de acordo com a adesĆ£o ao temaā€, detalha. Programas para outras cadeias produtivas tambĆ©m estĆ£o abertos.Ā Ā 

A serviƧo da indĆŗstria

Entre as soluƧƵes que o Senai jĆ” oferece estĆ” o inventĆ”rio de gases de efeito estufa (GEE) e o objetivo Ć© lanƧar em 2024 um inventĆ”rio setorial por amostragem para mensurar as emissƵes da indĆŗstria catarinense, contemplando 40 empresas de diferentes portes e setores.Ā 

O secretĆ”rio de estado do Meio Ambiente e Economia Verde, Ricardo Guidi, destaca que o Brasil tem avanƧado a passos largos rumo a uma matriz energĆ©tica mais diversificada e sustentĆ”vel. ā€œJĆ” temos 88% da nossa matriz de energia renovĆ”vel. Santa Catarina tem tecnologia de ponta e estamos Ć  disposiĆ§Ć£o para atuar em conjunto, pensando sempre em melhorar a condiĆ§Ć£o do estadoā€, disse.Ā 

JoĆ£o Paulo KleinĆ¼bing, presidente do BRDE, afirma que o banco sempre participa de iniciativas que visam saltos de crescimento na economia catarinense. ā€œĆ‰ fundamental que sejamos parceiros para que possamos vencer os novos desafios, como o desenvolvimento sustentĆ”vel e a descarbonizaĆ§Ć£o. Esta Ć© uma oportunidade para sermos exemplo e queremos aproximar o BRDE dos grandes projetos que estĆ£o avanƧando em SCā€, comentou.Ā 

Otmar MĆ¼ller, que preside a SCGĆ”s, chamou atenĆ§Ć£o para oportunidades relacionadas Ć  conversĆ£o dos motores da frota de veĆ­culos de transporte de carga que, segundo ele, consome 230 milhƵes de litros de Ć³leo diesel por mĆŖs. ā€œA substituiĆ§Ć£o do Ć³leo diesel pelo gĆ”s natural representaria 30% menos emissĆ£o de gases de efeito estufa. O investimento ocorre na conversĆ£o desses motoresā€, afirma. Na Fiesc, a frota de veĆ­culos passou a ser abastecida exclusivamente com etanol para reduzir a emissĆ£o de gases de efeito estufa, informou Aguiar.

Projetos ā€˜New Spaceā€™

No encontro, os participantes conheceram ainda as pesquisas aeroespaciais que o Senai vem conduzindo em parceria com Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), a AgĆŖncia Espacial Brasileira (AEB) e o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE). Uma das iniciativas foi o lanƧamento do nanossatĆ©lite VCUB1 em abril o ano passado, desenvolvido pela empresa Visiona Tecnologia Espacial e rede parceiros, como o Instituto Senai de InovaĆ§Ć£o em Sistemas Embarcados.

Outro destaque Ć© a ConstelaĆ§Ć£o Catarina, que vai desenvolver 13 nanossatĆ©lites – dois deles serĆ£o lanƧados em 2025. ā€œO projeto nĆ£o se limita a previsƵes meteorolĆ³gicas, mas representa umaĀ  plataforma que tambĆ©m tem aplicaƧƵes no conceito de smart cities. A parceria com o governo Ć© fundamental para que a agenda avance no estadoā€, observa o diretor-regional do SENAI.

AlĆ©m da diretoria-executiva da Fiesc, participaram tambĆ©m do encontro o secretĆ”rio-adjunto de Meio Ambiente, Guilherme Dallacosta; o gerente de sanidade vegetal da secretaria de Estado da Agricultura, Mario Verissimo; o diretor-superintendente do Sebrae-SC, Carlos Henrique Ramos Fonseca; o presidente da Fapesc, FĆ”bio Wagner Pinto e o presidente da CĆ¢mara de Meio Ambiente e Sustentabilidade da Fiesc, JosĆ© Lourival Magri.Ā 

 

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