Notícias de Criciúma e Região

Falta de médicos: Criciúma começa a chamar aprovados em Concurso

Com falta de médicos fixos em seis Unidades de Saúde, secretário garante que nenhum paciente ficou desassistido e que os profissionais aprovados em Concurso Público já estão sendo chamados

A Prefeitura de Criciúma já iniciou o chamamento dos profissionais da Sáude que passaram em Concurso Público realizado recentemente. Em especial de médicos para atuar nas Unidades Básicas de Saúde do Município.

Entre em nosso grupo e receba as notícias no seu celular. Clique aqui.

Isso ocorre porque, atualmente, as Unidades dos bairros Santa Augusta,  Mineira Velha, Santa Barbara, Mina União, Manaus e Sangão estão sem médicos fixos.

“Nenhuma unidade ficou desassistida ou está desassistida. Tem médico dando suporte, enfermeiros fazendo acolhimento. Saúde pública não é apenas o médico, mesmo eles não estando 8h por dia, existe suporte. Então agora vamos iniciar o chamamento do concurso público, não só de médicos, mas também de dentistas, enfermeiros e outro profissionais da saúde para repor nesses locais que não estejam completos o dia todo”, comenta o secretário de Saúde, Acélio Casagrande.

Ele acredita que com o chamamento, os médicos serão repostos gradativamente. Já que os profissionais possouem 90 dias de prazo para assumirem a vaga. Além disso, a Prefeitura está com edital aberto para contratação em caratér temporário de médicos por currículo.

“Acredito que nos próximos dias vamos preencher essa vagas, depende da apresentação desses profissionais. Eles tem 90 dias para assumir pelas normas do concurso, mas não quer dizer que vamos demorar. Aliás estamos com chamamento de médicos em todos os momentos em regime emergencial, até efetivar os do concurso”, explica Acélio.

De acordo com informações da Secretaria de Saúde, a questão da saída médicos neste época ocorre quase todos os anos, já que os profissionais vão em busca de fazer especializações com residência. Além disso, um dos problemas apontadas para a saída dos médicos é o salário. A média salarial nas Prefeituras da Região Carbonífera é de R$16 mil.

“Hoje o salário do médico em Criciúma é de R$12.800. Já estamos com um projeto na Câmara de Vereadores de gratificação por produtividade que deve ser aprovado e aumentar em R$ 2 mil esse valor. Teremos também o Previne Brasil que hoje temos um dos melhores indicadores entre as 100 maiores do Brasil”, destaca o secretário.

O Previne Brasil é um programa do Governo Federal que distribui verbas de acordo com a produtividade do município e das Unidades de Saúde.  “Queremos chegar próximo dessa média regional”, comenta.

Secretário de Saúde, Acélio Casagrande, destaca que médicos do Concurso Público já estão sendo chamados -Foto: Lucas Colombo/Portal Litoral Sul

O que fazer se meu bairro está sem médico fixo?

Quanto as Unidades de Saúde que estão sem médicos fixos em Cricúma, a Secretaria de Saúde informa que outros profissionais são deslocados em alguns dias da semana para o atendimento. É o caso do bairro Cidade Mineira Velha em que o atendimento médico está ocorrendo duas vezes por semana.

Além disso, de acordo com a avaliação da enfermeira da unidade, a pessoa pode ser encaminhada para um posto da saúde vizinho.

“A pessoa deve ir na Unidade de Saúde de referência no bairro dela e caso não tenha médico no dia, a equipe irá avaliar a situação e irão encaminhar para as unidades de pronto atendimento ou agendar uma consulta em uma Unidade de Saúde vizinha”, ressalta a gerente de Atenção Básica do Município, Eliane Santos.

Criciúma possui no total 50 Unidades Básicas de Saúde (UBS), além das Unidades de Pronto Atendimento (UPA) da Próspera e do Rio Maina e do 24h da Boa Vista. De acordo com dados da secretaria, foram realizadas em fevereiro nas UBS 22.453 consultas, na UPA do Rio Maina 8.200, na Upa da Próspera 12.077, além de uma média de 8 mil consultas mês com especialistas.

“Se somar as consultas das UPAs, 24h da Boa Vistas, UBS e especialistas chegamos a 50 mil consultas mês, isso representa um quarto da nossa população sendo atendida”, comenta o secretário. “Claro que temos que levar em consideração a pandemia da Covid-19 e que depois de dois anos as pessoas estão voltando a fazer os check-ups, a procurar o atendimento, tem toda essa demanda que estava represada”, exemplifica o secretário.

Veja a entrevista completa com o secretário de Saúde:

Leia Mais
Faltam médicos em seis bairros de Criciúma: “A saúde está caótica”, afirma coordenadora dos Conselhos de Saúde

Você também pode gostar