A falta de comunicação entre a Associação de Catadores de Criciúma (Acrica) e a Fundação do Meio Ambiente de Criciúma (Famcri), interrompeu por alguns dias a entrega de material reciclável na sede da associação. O presidente da associação, Rogério Barbosa Basílio, alega que os caminhões passam pelos bairros, mas não deixam o lixo reciclável na cooperativa e levam direto para o aterro sanitário.
“Desde segunda-feira estamos sem material e podemos comprovar que tem disponível. Fizemos o roteiro desde as sete da manhã e vimos que o motorista que faz a coleta seletiva passa pelos bairros, enche o caminhão e segue direto para o aterro”, afirma ele, e ainda conta que na tarde desta quarta-feira, após uma reunião na Fundai sobre o assunto, um pouco de material reciclável foi levado na associação. “Está sendo comum acontecer isto. Um empurra para o outro e acaba sobrando para nós”, lamenta.
Contraponto
De acordo com a presidente da Fundação do Meio Ambiente d Criciúma (Famcri), Anequésselen Bitencourt Fortunato, o que aconteceu foi falta de comunicação e foi resolvido hoje após a reunião. Segundo ela, os catadores solicitaram a suspensão da entrega do lixo reciclável por um período determinado até que fizessem a limpeza do pátio da associação que estava cheio.
“A solicitação foi feita no dia 8 de outubro e realmente paramos com a entrega. Eles encerraram a limpeza e não nos informaram. Para nós chega a ser prejuízo quando o lixo é levado para o aterro sanitário, pois pagamos por isto”, diz ela.
Por mês, a Acrica recolhe em torno de quatro toneladas dia de lixo reciclável que é vendido e separado entre os associados.