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Colombo enfrenta adversários dentro do PSD

Pelo menos três personalidades do cenário eleitoral catarinense, pré-candidatos assumidos, já receberam sinalizações do deputado Julio Garcia e de Eron Giordani, provável vice do PSD na chapa de Gean Loureiro (União Brasil), para assumir a condição de candidato a senador na chapa majoritária: Antídio Lunelli (foto, durante o último encontro na Assembleia, na quarta, dia 25), ou Carlos Chiodini, seu primeiro escudeiro, ambos do MDB; e o deputado federal Rodrigo Coelho, ex-vereador e vice-prefeito de Joinville, que está no Podemos.

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A tática é buscar apoio de outras siglas e desmobilizar os arranjos que estão na mira do governador Carlos Moisés (Republicanos), que conta com as duas siglas para o projeto à reeleição, mas também escancara um enorme desrespeito interno do PSD ao ex-governador Raimundo Colombo, pré-candidato ao Senado, e que praticou o gesto para o fechamento da aliança com Gean.

Quem imagina que Colombo ficará calado ao perceber estes movimentos ou diminuiu o ritmo em busca de votos, pode esquecer, pois a ofensiva dos que querem removê-lo da disputa, entre eles o prefeito João Rodrigues, de Chapecó, não abalou o ex-governador ou o fez recuar.

 

Roteiros

Na segunda (30), Colombo estará em um evento em Timbó, no Vale do Itajaí, ao lado de Gean, e mantém a ordem de não ter parado nos últimos dias, como nas visitas que fez a Laguna e Tubarão (foto), onde se encontrou com o prefeito Joares Ponticelli (PP), de quem recebeu integral apoio e uma declaração de voto.

A próxima empreitada do ex-governador também será na semana que vem, quando parte para três dias de viagens ao Meio-Oeste e Oeste, um roteiro que inicia em Monte Carlo, dia 1º de junho, passa por Concórdia e termina em Campo Novos, na sexta (3).

 

O rival

João Rodrigues prossegue no papel de calo no sapato de Colombo.

Desde quando era cotado para ser pré-candidato ao governo, o prefeito de Chapecó despejava pesada crítica ao agora postulante ao Senado, sob o argumento de que, nas últimas quatro eleições majoritárias, o ex-governador já havia sido o indicado pelo PSD.

Colombo tem a preferência do presidente nacional pessedista, o ex-prefeito de São Paulo Gilberto Kassab, que, quando quer, dá total espaço nacional ao catarinense.

O antagonismo de João, certamente por conta de 2026, encontra respaldo em que uma posição no Senado poderá fazer diferença na próxima disputa ao governo, principalmente porque Gean já disse que, se eleito, não disputará a reeleição, o que faz da composição da aliança atual algo mais duradouro do que apenas o acordo para um pleito.

 

Sob ataque

A assessoria e o próprio João Rodrigues executam, neste momento, um trabalho extra de ter que apagar, a todo instante, os posts agressivos de conservadores que criticam o prefeito de Chapecó por apoiar Gean.

A bronca maior está em o porquê de João não estar com Jorginho Mello, pré-candidato do PL ao governo, mesmo partido de Jair Bolsonaro, e ter construído a aliança em torno do ex-prefeito da Capital.

 

Alvos

Ou seja, Colombo é só mais uma frente para João bater, já que, em Brasília, há quem assegure que ele prometeu a Bolsonaro que faria de tudo para deixar um candidato ao Senado como menor densidade ao lado de Gean para favorecer o preferido do Planalto, Jorge Seif Júnior, ex-secretário da Pesca e da Aquicultura, que é pré-candidato pelo PL.

O negócio é saber se os que estão sendo convidados a entrar na aventura, tal qual Antídio, Chiodini e Coelho, sabem que a reação contra Colombo tem outros objetivos.

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