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Clésio acirra o paradoxo tucano no Estado

O prefeito Clésio Salvaro (PSDB) confirmou o que os mais próximos já sabiam ao retirar o nome dele das especulações e listas para concorrer ao governo do Estado sem perder a oportunidade de criar polêmica no ninho tucano.

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Ao dar apoio ao ex-deputado Gelson Merisio, que estava quieto e aparentemente fora de combate, com forte atuação nos bastidores, Clésio expôs o embate interno no partido, dividido em Santa Catarina desde que o governador paulista João Doria Júnior garantiu a pré-candidatura à Presidência na prévia nacional ao derrotar o preferido local, o governador gaúcho Eduardo Leite.

A ironia desta foto que abre a coluna é justamente que Clésio e Merisio aparecem, em um canto do palco, na bem montada passagem por Doria, por Florianópolis, em 14 de agosto passado, onde também estava o secretário Vinícius Lummertz (Turismo), primeiro escudeiro do governador de São Paulo, que registrou a intenção de ser pré-candidato, em 2022, para evitar uma dispersão de tucanos em diversas direções, uma delas a de Carlos Moisés (sem partido).
As chances de Merisio ou Lummertz conseguirem montar uma chapa viável é a mesma de muitos prefeitos e deputados estaduais do PSDB não subirem na carroceria do caminhão de Moisés, manobra arriscada que não tem poltronas nem cinto de segurança, mas muitos frios na barriga a cada solavanco em estrada de terra, chão batido.

Fortes e fracos

O que moverá os tucanos para o projeto em 2022 é evitar o fracasso da última composição, em 2018, quando a sigla foi afastada do processo de uma aliança pelo próprio Merisio, que concorreu pelo PSD e disputou o segundo turno com Moisés e foi atropelado pela onda Bolsonaro.

Escanteado, o PSDB fechou acordo aos 49 minutos do segundo tempo com o MDB, de Mauro Mariani, queimou uma liderança de vice, o ex-prefeito Napoleão Bernardes, hoje no PSD, e viu a bancada na Assembleia encolher.
Há uma saída com a deputada federal Geovania de Sá, presidente estadual e ligada a Clésio, em montar uma estratégia melhor, inclusive com o nome dela em uma posição à majoritária ou ver repetida a corrida no afogadilho, até porque o tucanato corre o risco de ter um candidato sem chances para dar palanque a um postulante ao Planalto que a maioria catarinense parece não querer e que ainda é uma incógnita nas pesquisas, o que gera um paradoxo na sigla.

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