Notícias de Criciúma e Região

Apesar dos avanços, desafios do empoderamento feminino são imensos

ARTIGO | Paulinha, deputada estadual (Podemos)

“Não basta existir. É preciso saber encher a vida do colorido do bem!” Essa frase de Antonieta de Barros, a primeira mulher eleita na história de Santa Catarina e uma das primeiras do país, data de 1937. Mas segue muito atual porque reforça que estamos aqui para fazer a diferença na vida das pessoas.

Isso é ainda mais presente no Mês da Mulher, cercado de homenagens, que muitas vezes são feitas com propósitos de carinho e reconhecimento. Mas enquanto tivermos casos de feminicídio, mulheres sofrendo abuso físico e psicológico, mulheres recebendo menos que os homens para fazer a mesma função, é porque ainda precisamos de ações mais efetivas para avançar.

Não se trata de querer todas as mulheres nos espaços de poder ou com mais poder. Mas que as mulheres possam conquistar o que almejam sem sofrimento, sem ter que percorrer o dobro da caminhada. Que homens e mulheres sejam respeitados de forma igual, que possam andar na rua em segurança e tenham as mesmas oportunidades.

Como líder da bancada feminina desde o dia 8 de março, estamos trabalhando para reforçar a presença e os direitos das mulheres. Um exemplo é o projeto de lei “Não Se Calem”, que protocolamos na Alesc para amparar mulheres em situações de abuso sexual em casas noturnas, shows e eventos em Santa Catarina.

Vamos trabalhar para que as Antonietas, Marias e Anas tenham orgulho de serem donas de casa, empresárias, funcionárias ou políticas. Que não sejam oprimidas pela dificuldade que é chegar onde gostariam de estar. Uma caminhada longa e cansativa, mas cheia de possibilidades e que depende de todos.

Antonieta de Barros, por exemplo, foi uma mulher que fez a diferença na sociedade. Foi referência como professora e jornalista. Na política, foi a primeira mulher a presidir uma sessão na Alesc e a ocupar a Mesa Diretora, no cargo de 1ª secretária.

E hoje é uma honra enorme ocupar esse cargo na Mesa Diretora, ser a 1ª secretária na atual legislatura, a primeira mulher desde Antonieta de Barros. Levamos 86 anos para que uma deputada voltasse a ocupar esse cargo, que é tão importante.

Por isso temos um legado a honrar. Assim como Antonieta, precisamos abrir as portas para que mais mulheres possam ocupar as principais posições na política e na sociedade. Assim como Antonieta, precisamos transformar a nossa realidade, superar barreiras e fazer a diferença na vida das pessoas. Afinal, “Não basta existir. É preciso saber encher a vida do colorido do bem!”.


As opiniões expressas neste espaço não representam, necessariamente, a opinião do Portal Litoral Sul.

Você também pode gostar