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A moda na política

É moda ou é política? Ambas.

A roupa é um instrumento muito poderoso que se projeta e estampa uma fotografia na mente do outro. A nossa roupa fala. E, conseguir transmitir a mensagem que queremos com intenção clara e definida, nos dá um grande alcance.

Agora, imagine para um político que precisa se comunicar e estender o alcance de sua imagem, o quão importante é vestir-se de forma adequada e estratégica.

Quando compramos uma roupa nós compramos o que ela representa e não só um pedaço de tecido. Passou o tempo em que roupa era só para cobrir o corpo. E, mesmo naquele tempo, a roupa era fator de diferenciação hierárquica.

Mas vamos voltar à política!

A roupa é estratégia de valorização de conteúdo. Ela abre meios e canal de comunicação entre o político e seu público, expondo sua personalidade, reafirmando sua história, seu gosto pessoal, herança cultural, etc.

O que vestimos estabelece conexão por afinidade. Roupas são simbólicas e representam, inclusive, o significado de pertencimento. Pertencimento a uma cultura, profissão, causa social, tribo musical, região do país, etc.

Podem também fazer denúncias e serem usadas como formas de protesto, manifestando opiniões e consagrando posicionamentos.

A roupa permite expressar personalidade, identidade e referências pessoais. O vestir-se poder ser sim um movimento político.

Vou exemplificar falando sobre o poder das cores na última eleição presidencial: o vermelho, o verde e o amarelo nunca foram tão simbólicos. Vimos a moda agindo como um reflexo do comportamento cultural naquele momento.

Então sim, nossa roupa fala, e a bichinha fala muito alto, grita até.

A política influencia a moda, bem como a moda é instrumento de conexão política.

Aline Savi é advogada, consultora de imagem, especialista em etiqueta e pós graduanda em marketing político e comunicação eleitoral. Nesta coluna semanal fala sobre imagem e comunicação política.

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