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A grande perda da saída de Eron do governo é de Moisés

Secretário-chefe da Casa Civil se afasta para disputar a um cargo em outubro, mas desfalca a administração estadual

O principal articulador político do governo de Carlos Moisés confirmou o que já se especulava: Eron Giordani sairá do governo dia 31 de março e deve disputar um cargos nas eleições de outubro.

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Giordani é o responsável pela reviravolta na relação desgastada de Moisés com os deputados estaduais e segmentos da sociedade, principalmente depois que enfrentou dois processos de impeachment.

O governo ganhou musculatura política e o chefe da Casa Civil entrou em campo para articular uma aliança para o governador disputar a reeleição, ação que não vingou por completo e chegou a decepcionar com a filiação no Republicanos.

Eron Giordani tinha uma linha de construção de alianças, que passava por MDB, PP, Podemos, PSD e PSDB, ou a proposta de reedição inclusive da tríplice aliança, que embalou as vitoriosas gestões de Luiz Henrique (MDB) e Raimundo Colombo (DEM, depois PSD).

Nenhum dos cenários com os mais importantes partidos do Estado despertou o interesse de Moisés, que optou por seguir conselhos muito menos categorizados, como os do ex-vereador Lucas Esmeraldino, filiado ao Republicanos, e da deputada estadual Paulinha da Silva, que foi expulsa do PDT e ainda procura um partido.

Para onde?

Eron tem a opção de participar da eleição majoritária ou proporcional, de volta ao PSD, mas já chegou a ser cotado, nos bastidores, com um provável vice de Moisés.

O chefe da Casa Civil tem campo e interlocução para trabalhar, falta tão somente o convite que deve vir antes do projeto.

Com base no Oeste, circula com desenvoltura entre políticos de todas as regiões, e já esteve ao lado dos ex-presidentes da Assembleia Gelson Merisio (sem partido) e Julio Gacia (PSD), além de ser muito próximo do prefeito João Rodrigues (PSD), de Chapecó, que retornou com força ao cenário eleitoral nos últimos dias.

Leia na íntegra a nota de Eron Giordani divulgada nesta tara de sexta,11:

“NOTA À IMPRENSA

Na manhã desta sexta-feira, dia 10, em reunião com o governador Carlos Moisés, oficializei o desejo de me desligar da Secretaria da Casa Civil de Santa Catarina, com vistas a participar das eleições de outubro próximo.

Minha participação no pleito, que recebeu o apoio do governador, é um processo que ainda está em avaliação. Contudo, a legislação exige a desincompatibilização para que os pré-candidatos estejam aptos a concorrer a cargos no Legislativo e Executivo.

O meu desligamento da Casa Civil se dará em 31 de março, mesma data em que os demais pré-candidatos do Colegiado do Governo deixarão seus cargos.

Eron Giordani”

Não será o único

Muitos secretários, presidentes de estatais e empresas públicas da gestão de Moisés deverão deixar o governo até o fim de março.
A coluna acrescenta Eron, mas já relatou André Motta Ribeiro (Saúde), Claudinei Marques (Republicanos, Desenvolvimento Social), Luciano Buligon (Desenvolvimento Econômico Sustentável), Leandro Lima (Administração Prisional Socioeducativa), os deputados Altair Silva (PP, da Agricultura) e Luiz Fernando Vampiro (MDB, Educação), Renê Meneses (Santur), Tiago Silva (Procon), Edilene Steinwandter (presidente da Epagri) e Janice Krasniak (Fundação Catarinense de Educação Especial).

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