Ministro da Fazenda diz que custo das medidas para o fim da greve dos caminhoneiros é de R$ 9,5 bi até o fim do ano
Em entrevista à TV Globo na manhã desta segunda-feira, o ministro da Fazenda, Eduardo Guardia, disse que o impacto das medidas para encerrar a greve dos caminhoneiros é de R$ 9,5 bilhões aos cofres públicos.
“É uma medida que tem um custo alto e por isso vai impor sacrifícios e esforços na União, mas é uma medida responsável e vai permitir que o país volte a normalidade”, disse o ministro.
A paralisação dos caminhoneiros chegou ao oitavo dia nesta segunda-feira e, segundo o ministro, a situação ainda vai levar um tempo para normalizar.
“Primeiro lugar é importante dizer que o governo vem dialogando com o movimento desde o início da semana passada. Os caminhões estão há oito dias parados. Ainda vai levar um tempo para que a economia volte a funcionar normalmente”, disse Guardia.
Segundo o ministro, o governo tem expectativa de viabilizar, até o fim da semana, a redução de R$ 0,46 no diesel. “Nossa expectativa é que ao longo desta semana a gente viabilize, na prática, essa redução de R$ 0,46 na bomba”, afirmou.
“Nós precisamos de duas coisas para viabilizar isso. Primeiro lugar o Congresso precisa votar a lei de reoneração da folha porque é esta lei que vai permitir a redução de R$ 0,16 nos impostos [Cide e Pis-Cofins] que eu já mencionei. Em segundo lugar, nós editaremos hoje uma medida provisória que cria este programa de subvenção economia que nos permitirá fazer a redução de R$ 0,30, portanto compondo a redução de R$ 0,46 que estamos anunciando”, explicou o ministro.
Segundo ele, a redução de R$ 0,16 nos tributos sobre o diesel, porém, só vai começar a valer depois que a chamada “reoneração” sobre a folha de pagamentos for aprovada pelo Congresso Nacional para que a Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF) não seja desrespeitada.
“É o máximo que conseguimos compensar este ano com outras medidas tributárias [no orçamento deste ano], entre elas a reoneração [da folha de pagamentos]. Para respeitar a LRF. Quando que isso entra em vigor? No dia seguinte a reoneração da folha e sanção pelo presidente”, declarou ele.
Por G1, Brasília