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Vítimas de tragédia em Minas Gerais eram parentes e amigos

Já foram identificados oito vítimas da tragédia ocorrida na Lagoa de Furnas quando parte de um paredão dispencou em cima das lanchas em Capitólio (MG)

Já foram identificados 8 dos 10 mortos da tragédia ocorrida na Lagoa de Furnas, em Capitólio (MG), quando parte de um paredão desabou na área que estavam diversas lanchas neste domingo, dia 9.  Todas as vítimas estavam na mesma lancha que tinha o nome de “Jesus”. Entre as vítimas estão pai e filho, Geovany Teixeira da Silva 37 anos e Geovany Gabriel Oliveira da Silva, 14 anos.

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Além disso, todas as vítimas estavam hospedadas em um rancho em São José da Barra (MG) e eram familiares e amigos uns dos outros.  O dono da pousada, de acordo com a Polícia Civil, era proprietário da lancha e parente das vítimas.

Além de Gabriel e Geovany, foram identificados Julio Borges Antunes, 68 anos de Alpinópolis (MG); Maycon Douglas de Osti, 24 anos de Campinas; Camila da Silva Machado, 18 anos de Paulínia; Sebastião Teixeira da Silva, 64 anos de Anhumas.; Marlene Augusta Teixeira da Silva, 57 anos de Itaú de Mina e Thiago Teixeira da Silva Nascimento, 35 anos, de Passos.

Aguardam identificação, ainda, o piloto da lancha de 40 anos de Betim (MG) e uma mulher de 43 anos de Cajamar (SP).

 

Sem prazo para o término das buscas

As buscas por restos de corpos seguirá sem data para término, informou a Defesa Civil e Polícia Civil de Minas Gerais. Já que apesar dos dez mortos terem sido resgatados, algumas vítimas tiveram somente pedaços do corpo encontrados.

A polícia aguarda, ainda, possíveis comunicações de novos desaparecimentos em caso de turistas que estavam sozinhos.

“Pode ser que uma pessoa ou um casal estivesse caminhando e tenha caído uma pedra. Até o momento, nenhum dos órgãos recebeu informação de outros desaparecidos. Nós estamos iniciando e não temos pressa de terminar os trabalhos”, disse o delegado Marcos Pimenta, da Polícia Civil mineira.

O impacto da rocha, informou o delegado, está dificultando os trabalhos de reconhecimento.

Fatos estão sendo apurados

De acordo com o sargento da Defesa Civil de Minas Gerais, Wander Silva, informou que já estão sendo investigados as circustâncias do acidente. Sendo que a falta de fiscalização e medidas de segurança que poderiam ter prevenido a tragédia serão discutidos no inquérito aberto pela Marinha.

“Este não é o momento [de discutir isso]. Estamos concentrados nas buscas, e essas responsabilidades, no decorrer do inquérito, serão apuradas. Isso será verificado posteriormente”, argumentou.

Cerca de duas horas antes da tragédia, a Defesa Civil mineira emitiu um alerta de cabeça d´água (forte enxurrada em rios provocada por chuvas) para a região de Capitólio, mas os passeios turísticos continuaram normalmente.

Reunião de emergência entre prefeitos da região 

Os prefeitos de São José da Barra, Paulo Sergio de Oliveira, e de Capitólio, Cristiano Silva, anunciaram que medidas para reforçar a segurança do turismo no Lago de Furnas serão discutidas nesta segunda-feira, dia 10. O encontro reunirá prefeitos da região e representantes da Defesa Civil de Minas Gerais, da Polícia Militar e da Marinha.

Segundo o prefeito de Capitólio, uma lei municipal de 2019 disciplina o turismo no cânion, proibindo banhos na área de circulação das lanchas e limitando a 40 o número de embarcações que podem permanecer por até 30 minutos na área do cânion. Além disso, normas da Marinha estabelecem o ordenamento da orla do lago.

Ele admitiu, no entanto, que, até agora, não existia uma norma sobre a distância mínima entre as lanchas e os paredões rochosos. Segundo ele, um perímetro mínimo de segurança só poderá ser definido após estudo técnico. O prefeito ressaltou que o desprendimento de um bloco tão grande é inédito na região.

“Meu pai vive aqui há 76 anos e nunca viu um desligamento de rocha desses. Acredito que, daqui para a frente, a gente precisa fazer uma análise [geológica]. Aquelas falésias estão ali há milhares de anos. Essa formação rochosa de quartzito tem essas fendas e fissuras. Já foram feitos vários estudos geológicos. Se tinha algum risco, tinha de ser emitido por um órgão superior”, explicou.

O prefeito disse ainda que uma foto de 2012, divulgada ontem nas redes sociais, com paredão com fissura larga, não se refere à rocha que desabou, mas a um que continua intacto no trecho central do cânion. De acordo com ele, a fissura no bloco que desmoronou era menor que a da pedra mostrada na foto.

Com informações Agência Brasil e G1.

 

 

 

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