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Veja tudo o que vocĂȘ precisa saber sobre o ceratocone

Sociedade Catarinense de Oftalmologia chama a atenção para a doença causada pelo ato de coçar os olhos e que leva à perda progressiva da visão

Coçar os olhos pode parecer um ato inofensivo, certo? Mas a resposta Ă© nĂŁo e pode trazer danos Ă  saĂșde ocular, alĂ©m de facilitar a transmissĂŁo de doenças e o surgimento de inflamaçÔes e infecçÔes. Uma das consequĂȘncias mais graves Ă© o desenvolvimento do Ceratocone, uma doença progressiva que pode danificar a cĂłrnea e nĂŁo tem cura.

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A campanha Junho Violeta, criada em 2018, tem como principal foco conscientizar a população sobre o risco de coçar excessivamente os olhos, um dos principais comportamentos de risco para o desenvolvimento do Ceratocone. Além disso, o objetivo é lembrar da importùncia de manter uma rotina de consultas com um oftalmologista, para detectar essa e outras doenças em seus estågios iniciais.

Segundo dados do MinistĂ©rio da SaĂșde, o Ceratocone atinge cerca de 150 mil pessoas por ano no Brasil e pode atingir os dois olhos de maneira diferenciada, ou seja, pode afetar mais um olho do que o outro.

O oftalmologista e presidente da Sociedade Catarinense de Oftalmologia, Ayrton Ramos, explica que a maior incidĂȘncia ocorre entre crianças e adolescentes, especialmente entre 13 e 18 anos. “O ceratocone nĂŁo possui cura, porĂ©m pode ser tratada para impedir a progressĂŁo da doença e o desenvolvimento de outras, como miopia, hipermetropia e astigmatismo. Por isso, Ă© fundamental que se realize consultas oftalmolĂłgicas periodicamente”, ressalta.

Sintomas e tratamentos

O sinal mais caracterĂ­stico da doença Ă© a perda progressiva da visĂŁo, que se torna borrada e distorcida, tanto para longe quanto para perto, o que obriga a aumentar com frequĂȘncia o grau das lentes. AlĂ©m de coceira constante nos olhos e sensibilidade ou intolerĂąncia Ă  luz.

Em caso de suspeita do Ceratocone, o diagnĂłstico Ă© feito por meio de um exame oftalmolĂłgico que faz um estudo topogrĂĄfico da superfĂ­cie da cĂłrnea. “O problema Ă© solucionado, na maioria das vezes, utilizando Ăłculos, lentes de contato ou cirurgia para estabilizar o problema e reduzir a deformidade da cĂłrnea”, comenta o presidente da Associação Catarinense de Oftalmologia.

Entre os tratamentos mais comuns estĂŁo o cross-linking – combinação de radição ultravioleta (UVA) e vitamina B2 para aumentar as ligaçÔes entre fibras de colĂĄgeno e fortalecer a cĂłrnea – e, em casos mais avançados, o implante cirĂșrgico de anĂ©is intracorneais, espĂ©cie de ‘esqueleto’ que diminui a curvatura da cĂłrnea. Em Ășltimo recurso, o que acontece em 6% dos casos, Ă© preciso fazer um transplante (parcial ou total) de cĂłrnea no paciente.

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