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Uso de máscara: mesmo sem obrigatoriedade tem quem continue usando

Médico diz que uso da proteção individual é eficaz na prevenção

Por dois anos, as pessoas se adaptaram ao uso das máscaras faciais, diante do risco de contaminação pelo  coronavírus. Em Santa Catarina, desde março deste ano o uso deixou de ser obrigatório. Com a chegada do frio, aumentaram os casos de internação de crianças e bebês por síndrome respiratória. Além disso, houve uma disparada nos casos de Covid-19, por isso, a Superintendência de Vigilância em Saúde e a Diretoria Estadual de Vigilância Epidemiológica (Dive) emitiram uma nota no último dia 20 de maio, reforçando a importância do retorno do uso da máscara.

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Algumas pessoas já seguem essa orientação, nas ruas ainda é possível ver que tem ainda muita gente que segue usando a proteção individual.  Maria Odete Maragno Scarpato, de 80 anos é uma delas. A aposentada não sai de casa sem máscara. Moradora de Cocal do Sul, ela conta que precisou vir para Criciúma para uma consulta médica, mas pondera. “Não me arrisco a sair muito, a Covid ainda está circulando por aí. Tem muita gente infectada novamente, então, precisamos usar a máscara para nos prevenir. Me sinto mais protegida”, diz. Além de todos esses cuidados, Maria Odete já tomou as duas doses da vacina,  e também  fez o reforço da imunização. “Não positivei”, conta sorridente.

A empresária Tânia Regina Savaris Frecia, de 60 anos, também não abre mão da proteção, e afirma que não pretende deixar de usar a máscara tão cedo. “Tem muita gente resfriada e isto nos preocupa. Se já usamos por dois anos e precisar continuar por mais alguns meses não vejo problema algum”, acredita. Decisão que também vale para os funcionários da empresa dela, mesmo com o uso opcional, ela sugeriu que todos continuassem usando. “Tenho três lojas e pedi que fizessem o uso e aceitaram tranquilamente. Precisamos nos cuidar”, diz ela.

Médico e professor Felipe Dal Pizzol – Foto: Arquivo / AgeCom

 

Uso de máscara é eficaz diz médico

Para o pneumologista e médico intensivista, coordenador do Centro de Pesquisa Clínica do Hospital São José, Felipe Dal Pizzol, o uso de máscara é eficaz para reduzir a transmissão da Covid, bem como de outras doenças respiratórias. “Nesse sentido é importante sugerir para que pessoas com um risco maior de desenvolver uma doença mais grave, utilizem em locais fechados e poucos arejados”, orienta.

O médico ainda faz uma observação importante. “Antes da pandemia uma pessoa com sintomas de resfriado sairia normalmente na rua sem tomar grandes precauções. Hoje isso deve ser repensado. Uma pessoa com sintomas de resfriado que necessite sair na rua e não possa ficar em casa isolado, deve utilizar a máscara como medida de proteção coletiva, para reduzir a propagação da possível virose que ela tem para as pessoas ao seu redor”, informa.

Foto: Agência Brasil

 

Pandemia de Covid-19 deve se tornar uma endemia

Dal Pizzol estima que, a atual pandemia de Covid-19 se torne uma endemia, mas ressalta que ainda não existe uma previsão exata de quando isso ocorrerá.“Caso a variante Ômicron, responsável pela última onda persistir como sendo a dominante no mundo, possivelmente esse ano deixaremos de ter uma pandemia e os casos de Covid pela variante Ômicron comecem a ser vistos como uma endemia como é a Influenza. Dentre uma sazonalidade esperamos que entre os meses de Outono e o Inverno aumentem os casos e que a abrangência vacinal e o grande contato prévio com a Covid, não só a variante Ômicron, como as anteriores, farão com que a doença seja naturalmente menos severa com poucas hospitalizações e menos mortes”, considera.

Ainda segundo o especialista, isso dependerá muito da não emergência de novas variantes que possam romper a imunidade adquirida por vacinas e pelo contato prévio com o vírus e será variável de cada lugar. “Pois depende da taxa de vacinação, política de doses de reforço, abrangência das doses de reforço e da imunidade que se tenha tido antes do contato com o vírus”, finaliza.

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