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Unesc é colorida com o encontro anual de Bois de Mamão

Apresentações ocorrem até esta sexta-feira, dia 22, no Hall do Bloco Administrativo da Universidade

Cores vibrantes e sons característicos dominaram o cenário da Unesc nesta quinta-feira, dia 21, durante a realização da sétima edição do Encontro de Bois de Mamão e o terceiro Encontro de Maricotas. O Hall do Bloco Administrativo da Instituição se transformou no palco de uma festa repleta de música e dança, com as apresentações dos grupos culturais de bois de mamão vindos das cidades de Nova Veneza, Içara, Criciúma, Forquilhinha e Araranguá. No total, oito grupos brilharão em suas apresentações, que ocorrem até esta sexta-feira, dia 22, na Universidade. O evento é aberto ao público.

O Boi de Mamão representa uma manifestação popular de Santa Catarina, profundamente enraizada na tradição de diversas cidades. De acordo com a coordenadora do Setor Arte e Cultura, Amalhene Baesso Reddig, a Unesc é reconhecida como um Ponto de Cultura da Rede Cultura Viva pelo Ministério da Cultura desde 2018.

“A realização deste evento está alinhada com nosso compromisso de manter ativa a rede de criadores culturais em todo o Brasil, estimulando a participação social e a conexão entre os pontos de cultura”, enfatizou.

“Ao promover encontros entre os grupos culturais de Boi de Mamão em nossa região, estamos contribuindo diretamente para a implementação das políticas culturais da Unesc, fortalecendo e aprimorando a gestão de cada um desses grupos culturais. Essa é a nossa missão e nosso compromisso. O olho das crianças brilha muito e todos ficamos emocionados”, conclui Amalhene, informando que as maricotas estarão em exposição na Unesc durante uma semana.

“É uma grande alegria vê-los aqui hoje. Desejamos que todos vocês se integrem e vivenciem plenamente a cultura que valorizamos tão profundamente, que é o Boi de Mamão”, expressou com entusiasmo a Diretora de Extensão, Cultura e Ações Comunitárias, Fernanda Sônego.

Para o Produtor Cultural da Universidade, Maxwell Sandeer Flor, esse encontro é fundamental para dar continuidade a essa rica trajetória cultural. “Manter essa ação anual na Universidade proporciona um importante intercâmbio entre os grupos de Bois de Mamão em nossa região”, mencionou.

“Estamos confeccionando faixas manualmente para que as maricotas levem de volta às suas escolas. Essas faixas servirão como um convite caloroso e um reforço para que voltem no próximo ano e, assim, a Universidade possa recebê-las novamente com entusiasmo”, adicionou Amalhene. Alunos de diversas instituições de ensino da região acompanharam as apresentações.

Revitalização

O morador da cidade de Tubarão, José Marcondes, mais conhecido como Mestre Zé do Boi desempenha um papel fundamental na revitalização do Boi de Mamão nas escolas da região. Segundo ele, o simples fato de ser reconhecido pelas crianças nas ruas é uma experiência maravilhosa.

“Aqui em nossa região, estamos empenhados em revitalizar essa tradição de forma intensiva. Afinal, o Boi de Mamão é nosso, é catarinense, ele nasceu aqui. Estou sempre engajado em compartilhar meu conhecimento e ensinar a importância dessa tradição. Para mim, o Boi de Mamão é algo verdadeiramente mágico”, contou enquanto assistia as apresentações.

“A cultura do Boi de Mamão é um tesouro, e desde a minha infância, sempre a acompanhei de perto. Mesmo diante das constantes transformações no mundo, é imprescindível que as tradições culturais sejam mantidas e reverenciadas”, enfatizou o professor Abel Corrêa de Souza.

Tradição

O mestre de boi da Escola Julieta Torres Gonçalves de Nova Veneza, professor Marcos Santos, enalteceu que essa parceria é fundamental, pois permite que as gerações futuras vivenciem a tradição do boi nas escolas. “Essa prática é importante não apenas como memória, mas também por ser algo vivo, palpável no cotidiano escolar. As famílias se envolvem e é uma honra compartilhar essa rica tradição com todos vocês”, comentou o docente.

A aluna do colégio Quintino Rizzieri, de Içara, Alice de Souza da Silva, de 10 anos, fez parte da apresentação e disse que ficou encantada em participar. “Estamos ascendendo esta história. Acho muito interessante e amo participar. Fiquei muito feliz em apresentar aqui. Todas as semanas ensaiamos na escola”, explicou a pequena.

A estudante da Escola Julieta Torres Gonçalves, Rafaella Pasini Panciera, de 12 anos, teve a honra de ser a Estandarte durante a apresentação. Com entusiasmo, ela compartilhou: “Foi incrível. Fiz amizades com todos e pude realmente conhecer a cultura do Boi de Mamão este ano”, comentou.

A estudante Huana Paulini de Menech, de 13 anos, também não conseguia esconder a sua alegria ao participar do grupo, no qual também desempenhou o papel de Estandarte, representando com orgulho o nome da escola. “Isso é uma verdadeira festa, um momento em que encontramos amigos e nos reunimos com grande entusiasmo”, contou.

Esta edição, que envolve oficinas, rodas de conversa, encontro de maricotas e apresentações de Boi de Mamão no campus, termina nesta sexta-feira, dia 22.

Neste primeiro dia se apresentaram a escola Serafina Milioli Pescador de Criciúma; E.E.B. Egídio de Bona de Forquilhinha; o Boi de Mamão da Casa da Fraternidade – Ponto de Cultura Juventude Luzes do Amanhã de Araranguá.

Foi realizado ainda o Cortejo de Bois e Café com Maricotas e a participação do presidente do Conselho de Boi de Mamão de Santa Catarina, Cláudio de Andrade, e da conselheira de Cultura de Santa Catarina, Márcia Cristina Ferreira, em uma live proposta pelo Setor para discutir a cultura do Boi de Mamão.

Programação desta sexta-feira:

09h30 – Boi de Mamão E.M.E.B. Casemiro Stachurski – Criciúma/SC

10h às 12h – Oficina Confecção Boi de Mamão, com Mestre Zé do Boi (Local: Bloco Z – Sala 004)

13h30 – Boi de Mamão E.M.E.B. Escola Municipal do Caravaggio – Nova Veneza/SC

14h às 15h – Oficina Boi Brincante/Boi Dançante, com Maxwell Sandeer Flor (Local: Praça do Estudante)

19h – Boi de Mamão Fucri Unesc (Exposição e Cortejo).

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