Transporte coletivo de Criciúma deixa de transportar mais de dois milhões de pessoas durante pandemia
A previsão de paralisação do transporte coletivo em Criciúma até o próximo dia 30 de abril irá gerar um grande impacto nas receitas das empresas que integram a Associação Criciumense de Transporte Urbano (ACTU). Segundo o presidente da entidade, Éverton Trento, lidar com este cenário está bastante complicado.
“Serão 42 dias parados, precisaremos arcar com todos os custos deste período, sem estar arrecadando nenhuma receita. Já encaminhamos uma proposta de flexibilização na questão de quantidade de passageiros transportados, horários, regras de higiene e proteção e inclusive com a ideia de discutir com outras entidades estratégias para manter o funcionamento do sistema, sem deixar de cuidar das pessoas, mas não obtivemos êxito”, ressaltou Trento, que afirmou já ter sido entregue ao governo do Estado um documento com respaldo do Sindicato das Empresas de Transporte de Passageiros no Estado de Santa Catarina e da Federação das Empresas de Transporte de Passageiros dos Estados do Paraná e Santa Catarina, a Fepasc.
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“Ainda não temos a certeza do retorno na data prevista, pois a liberação de um novo decreto poderá prorrogar o prazo por mais tempo, então desta forma nem temos como garantir o exato impacto que a paralisação irá causar no setor”, declarou o presidente.
Sobre o decreto publicado pela Prefeitura, ontem, que trata das regras para empresas e passageiros do transporte coletivo quando o serviço for retomado, Trento afirma que já tem conhecimento, porém ainda depende da definição sobre a liberação para tomar as medidas necessárias, e que ainda considera incoerente a paralisação do transporte coletivo, com a liberação do transporte por outros meios, em que pessoas estarão bem próximas dentro de automóveis para se deslocarem ao seu local de trabalho ou outras atividades que necessitem de transporte.
Foto: Cleiton Ramos