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Terceiro setor e Legislativo debatem criação do Dia de Doar em Criciúma

Movimento que visa potencializar filantropia foi explanado em Audiência Pública sob proposição do vereador Zairo Casagrande

Promover a cultura de doação para fins de filantropia em Criciúma. Com esse objetivo, o Legislativo Municipal, em Audiência Pública, debateu, com a comunidade envolvida no Terceiro Setor, a implantação do Dia de Doar no calendário da cidade, a ser comemorado no dia subsequente ao Dia Nacional de Ação de Graças, que é na quarta quinta-feira de novembro. Como resultado do debate, o vereador proponente, Zairo Casagrande (PDT), protocolou um Projeto de Lei (PL). Se instituída, Criciúma será a primeira cidade do Sul catarinense a dispor da data que conecta pessoas com as causas sociais.

O vereador elencou os objetivos do Dia, dentre eles: promover a cultura de doação para fins de filantropia no município; mobilizar indivíduos, entidades, empresas e o governo para uma cidade mais generosa, voluntária e solidária, em especial para com as organizações da sociedade civil sem fins lucrativos, denominadas de Terceiro Setor e incentivar a promoção de atividades relacionadas do Dia de Doar nos órgãos públicos, bem como divulgá-lo nos meios eletrônicos oficiais do município.

Representando o Bairro da Juventude, o coordenador de Mobilização de Recursos, Carlos Roberto Roncáglio, que também integra a Associação Brasileira de Captadores de Recursos, que trouxe o Dia de Doar para o Brasil, explicou que a data iniciou em 2012 nos Estados Unidos, sendo instituída no Brasil no ano seguinte. “E segue desde então com várias frentes, tornando-se recorrente com o passar dos anos, e que veio para ficar, porque não é qualquer movimento que dura nove anos no Brasil. Enquanto organização social, representando o Bairro da Juventude, e mais de 15 organizações sociais de Criciúma, por meio do Núcleo do Terceiro Setor da Acic, temos certeza que esse movimento veio para ficar e por isso procuramos a Câmara, que sempre nos apoia”.

Segundo ele, em Criciúma existem mais de 25 organizações sociais sem fins lucrativos que precisam de doação. “Por isso a importância do debate. Para que a gente consiga de fato inserir no seio da sociedade e das famílias criciumenses a cultura de doação, seja por meio de ações da iniciativa pública ou privada, de proposições, do voluntariado”, elencou. Para ter como base as ações que podem ser desenvolvidas, Roncáglio apresentou o portal oficial do movimento, o diadedoar.org.br.

Para ele, não se trata somente de uma data, mas de uma ação que vai fazer a diferença na vida das pessoas. “Quando os projetos sociais são financiados por meio de recursos, sejam públicos ou privados, esses são comumente feitos através de doação ou de renúncia fiscal. E essas doações provocam um movimento gigantesco na questão social do município. Não estou falando do caráter socioeconômico, mas do caráter social. Pois realmente a gente devolve para a sociedade tudo aquilo que a sociedade nos promove enquanto organização social. E o Dia de Doar é justamente esse movimento. A comunidade criciumense é extremamente solidária e, criando a cultura de doação, as pessoas vão se engajar ainda mais e potencializar isso”, acredita.

Em sua fala na tribuna, o vereador Albertino Pacheco (PCdoB) fez uma indagação. “Imagina se na nossa cidade não tivesse um Bairro da Juventude, por exemplo? Temos certeza que será um sucesso essa data”, apontou. Além do Bairro da Juventude, a Associação Vida Ativa, o Lions Clube Criciúma – Centro, a Abadeus, a Federação das Indústrias do Estado de Santa Catarina (Fiesc), o Conselho Municipal de Direitos do Idoso (CMDI) e o Núcleo do Terceiro Setor da Acic estiveram representados na Audiência Pública.

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