Sempre com sorriso no rosto, ela aborda casais para se presentearem com rosas
É difícil quem não conheça Zulamar Nunes Costa, 54 anos, conhecida carinhosamente como a “Tia da flor”
Quem circula pela noite de Criciúma já deve ter encontrado Zulamar Nunes Costa, 54 anos, conhecida carinhosamente como a “Tia da flor”. Sempre com sorriso no rosto, ela aborda casais nas mesas de bares, restaurantes, pizzarias e baladas de Criciúma e região, incentivando tanto homens quanto mulheres, a presentear com rosas.
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“Ainda não são todas, mas algumas mulheres começam a optar por dar flores aos homens. E claro, quando são elas quem recebem, raramente negam o gesto de afeto. Muitas vezes de uma simples rosa pode nascer uma linda história, melhorar a autoestima de pessoas, como também, fortalecer casais estremecidos”, comenta Zulamar.
Ela conta que já chegou a vender em torno de 50 rosas em uma só noite, mas lamenta que por conta da pandemia, está enfrentando dificuldades, principalmente devido ao horário de funcionamento dos estabelecimentos. “Hoje não consigo chegar a vários lugares devido ao pouco tempo. Antes da pandemia eu chegava pela manhã em casa”, conta entre sorrisos.
Mas ao mesmo tempo que é gentil com as pessoas, Zulamar conta que já foi destratada na noite, por homens deselegantes. “Foi muito dolorido pra mim”, lamenta. Mas, para sua alegria, a maioria faz questão de comprar suas flores. “Os homens criciumenses são românticos. E o legal é que já acompanhei muitas histórias bonitas e união de casais que se tornaram meus amigos. É muito gratificante”, conta satisfeita.
Oferecer educação de qualidade para as filhas
Seu dom para as vendas, despontou conforme ela, após muita oração. “Me apeguei a Deus, em busca de um caminho, e numa noite, sonhei com flores. Inicialmente pensei que seria para eu investir no plantio de flores e fui em busca de técnicas de plantio, mas tudo muito caro e fora de minha realidade. Desisti! Um certo dia, minha filha menor, pegou uma flor na vizinhança e vendeu. Pensei: – está aí a resposta de meu sonho. Vou vender flores. Comprei algumas rosas e comecei a vender, com o valor recebido eu reinvestia e também guardava. No final foi dando certo”, recorda ela.
Já faz 23 anos que a florista, resolveu ir para as ruas vender flores, segundo ela, sua missão era de junto com seu marido, oferecer uma educação de qualidade para as três filhas. E hoje aos 54 anos, conta que após muito trabalho e dedicação conseguiu. Suas filhas estudaram e se formaram em colégio particular, fizeram faculdades e uma delas cursa doutorado.
“Proporcionei a base para elas que é a educação e formação. Foi uma batalha que valeu a pena. Agora elas estão prontas para alçar voos e poder caminhar com as próprias pernas. Fico muito feliz, pois sei que cada uma tem condições e potencial para seguir o caminho que escolherem”, fala orgulhosa.