“SC vive sua pior epidemia de dengue”, diz bióloga da região da Amurel
Bióloga e coordenadora do setor de zoonoses, Sabrina Fernandes - Fotos: Israel Costa/Divulgação PMI
Representantes de diversos setores estiveram reunidos na tarde desta segunda-feira, 11, no plenário da Câmara de Vereadores de Imbituba, para tratar sobre o aumento no número de focos do mosquito Aedes aegypti no município.
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Atualmente, são 23 focos localizados em apenas quatro meses. A maior parte deles (11) foi encontrada no bairro Sagrada Família. O restante está espalhado no Portinho da Vila (03), Centro (03), Nova Brasília (03), Vila Nova (02) e Itapirubá (01).
A bióloga e coordenadora do setor de zoonoses da região da Amurel, Sabrina Fernandes, fez um alerta sobre a importância de unir forças neste momento. “O Estado está vivenciando a sua pior epidemia de dengue dos últimos anos. Já são 17 óbitos até o momento em Santa Catarina e o município de Imbituba está infestado pelo Aedes aegypti, junto de Araranguá, Sombrio e Passo de Torres na região sul. Para termos uma transmissão sustentada é apenas uma questão de tempo. A situação é muito difícil, por isso, essa reunião foi tão importante, para sensibilizar todos os setores da esfera municipal”, disse Sabrina.
Campanha de conscientização
Desde o ano passado, a Prefeitura de Imbituba está com uma campanha de conscientização sobre os perigos da propagação do Aedes aegypti. A intenção do município é lembrar à população dos riscos de se manter os terrenos sujos, cheios de mato e com materiais que possam acumular água.
“Mesmo com a pandemia da Covid-19, nós não paramos o trabalho. Nossos fiscais continuaram com a conscientização e investigando as armadilhas. Mas, o que precisamos fazer neste momento é, justamente, fazer um trabalho intersetorial, com a participação da população. Com todos envolvidos nessa causa e fazendo a sua parte, nós conseguiremos eliminar esses focos no município de Imbituba”, disse na oportunidade o Prefeito de Imbituba, Rosenvaldo da Silva Júnior.
Aoinda segundo ele, vale ressaltar que água parada em pneus, vaso de planta, inclusive, em bromélias, latas ou outros recipientes, contribuem para a propagação das larvas do mosquito da dengue. Em 2020, o município registrou 38 focos. Em 2021, foram 53, e, em quatro meses de 2022, os agentes de endemias localizaram 23 focos do mosquito da dengue.
“Esse trabalho em conjunto ajuda na conscientização e nos ajuda a organizar estratégias para podermos vencer esse desafio. A gente já tem a doença presente em Santa Catarina. Então, por isso, temos essa preocupação de trabalhar para eliminar esses focos e diminuir o risco de contágio em nossa cidade”, reiterou o Prefeito de Imbituba, Rosenvaldo da Silva Júnior.