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SC registrou 98 mortes por dengue em 2023; vacina deve chegar em fevereiro

Dados da dengue são da Dive/SC, que contabilizou entre 1º de janeiro e 30 de dezembro; Estado confirmou 98 mortes pela doença no período

Santa Catarina teve 119.525 casos confirmados e 98 mortes por conta da dengue no ano de 2023, conforme a Dive/SC (Diretoria de Vigilância Epidemiológica). Os dados são do período entre 1° de janeiro e 30 de dezembro de 2023, com um aumento de 42,8% em comparação ao mesmo período de 2022, de um pouco mais de 83 mil casos e 90 óbitos.

Somente em Florianópolis, foram 21.131 casos confirmados e 16 óbitos em 2023. Em busca de prevenir a doença, a administração municipal realizou uma reunião no gabinete do prefeito, na manhã de ontem, para definir os detalhes do Dia D de Combate à Dengue, que será no dia 20 de janeiro.

Com a necessidade de colaboração da população, haverá um mutirão com os agentes e mobilização da comunidade para limpeza das residências e eliminação dos possíveis focos do mosquito. Especialmente nos bairros de maior incidência.

Já em São José foram 7.637 casos e quatro mortes. A prefeitura da cidade informou ainda que foram confirmados dois casos em 2024.

“Os agentes de combate às endemias, somente em 2023, realizaram uma média de 140 mil visitas em imóveis, além de monitorarem os pontos estratégicos e as armadilhas para o mosquito Aedes aegypti, que no total foram em média 700 delas ao longo do ano”, afirma a prefeitura, em nota.

Balanço dos casos de dengue em SC

O período avaliado foi de 1º de janeiro a 30 de dezembro de 2023. Foram identificados 72.759 focos do mosquito Aedes aegypti em 239 municípios. Comparando ao mesmo período de 2022, quando foram identificados 67.292 focos em 233 municípios, houve um aumento de 8,12% no número de focos detectados.

Tabela da Dive

 

Em relação à situação entomológica, 154 municípios foram considerados infestados, o que representa um crescimento de 8,45% em relação ao mesmo período de 2022, quando foram registrados 142 municípios nessa condição.

Também foram notificados 248.231 casos suspeitos de dengue em Santa Catarina. Desses, 119.525 foram confirmados, 102.794 foram descartados e 21.051 inconclusivos. Na comparação com o mesmo período de 2022, em relação aos casos confirmados, observa-se um aumento de 42,80% em comparação ao mesmo período de 2022, de 83.700 casos de dengue.

Do total de casos confirmados, 110.924 são autóctones (transmissão dentro do Estado), distribuídos em 130 municípios de Santa Catarina, sendo que 38 municípios atingiram o nível de epidemia.

Os óbitos passaram a ocorrer a partir da Semana Epidemiológica de 26 de fevereiro a 4 de março de 2023, com a confirmação de duas mortes naquela semana. O aumento no número de óbitos por dengue registrados no Estado coincide com o crescimento de casos notificados. Os maiores números de mortes foram registrados na semana de 28 de maio a 3 de junho do ano passado, com um total de 11.

Vacina disponível pelo SUS em fevereiro

A partir de fevereiro, a população brasileira contará com acesso à vacina contra a dengue pelo SUS (Sistema Único de Saúde). A poucos dias do início da distribuição, o ND Mais buscou informações sobre a chegada efetiva do imunizante em Santa Catarina.

O Ministério da Saúde planeja disponibilizar 460 mil doses da vacina contra a dengue em fevereiro, abrangendo todo o território nacional. Inicialmente, a estratégia de vacinação será focada em públicos específicos e em regiões consideradas prioritárias.

Segundo o governo do Estado, o Ministério da Saúde ainda não forneceu orientações sobre quando o imunizante será enviado para o território catarinense. No entanto, confirma que possui logística e seringas preparadas para aplicar os imunizantes.

“O planejamento logístico é feito de acordo com as orientações repassadas pelo Ministério da Saúde. Assim que o Estado receber informações sobre público-alvo, quantidade e outros detalhes, a logística será iniciada”, explica a secretária de Estado da Saúde, em nota.

Ao ser questionado, o superintendente do Ministério da Saúde em Santa Catarina, Sylvio Costa, explicou que ainda não há orientação sobre quando as vacinas serão enviadas para o Estado ou qual será a população-alvo para receber os imunizantes.

Embora a eficácia global da vacina contra a dengue, a Qdenga, seja questionada, estudos indicam redução de 62% na probabilidade de contrair dengue e 83% na chance de hospitalização devido à doença, conforme a médica epidemiologista Ana Cristina Vidor.

“A cobertura abrangente para quem já teve dengue inclui os quatro tipos de vírus (Denv1, Denv2, Denv3 e Denv4), enquanto para os sem histórico, foca nos vírus 1 e 2, mais prevalentes no Brasil”, explica.

Ana Cristina destaca restrições importantes, como a limitação a aplicação a faixas etárias específicas. Crianças com menos de quatro anos e pessoas com mais de 60 anos não são elegíveis, devido à falta de estudos nessas categorias. Gestantes também estão excluídas, e mulheres que a receberem são aconselhadas a evitar engravidar nos primeiros 30 dias após a aplicação. O esquema vacinal requer duas doses, com a eficácia plena observada após a segunda aplicação, administrada três meses após a primeira.

Fonte: Portal ND+

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